Uso de agroquímicos nas lavouras causa mortalidade de abelhas e contamina o solo
As abelhas e outros polinizadores são
cruciais para as plantações e habitats selvagens, e as evidências de quedas
acentuadas nas populações de insetos em todo o mundo geraram temores de
consequências terríveis para a segurança alimentar e os ecossistemas naturais.No Rio Grande do Sul, em setembro, como vem ocorrendo nos últimos anos, há a mortalidade de abelhas. Este ano a estimativa é da perda de mais de 10 milhões de abelhas. No ano passado das 40 amostras analizadas, 37 apontaram a presença do defensivo químico “fipronil”, usado na lavoura.
Os insetos polinizadores enfrentam ameaças da agricultura intensiva, incluindo produtos químicos como fungicidas e pesticidas, bem como a redução de pólen e néctar de flores silvestres .
Cerca de 75% das safras mundiais que produzem frutas e sementes para consumo humano dependem de polinizadores, incluindo cacau, café, amêndoas e cerejas.
Em 2019, os cientistas concluíram que quase metade das espécies de insetos em todo o mundo, estão em declínio e um terço pode desaparecer completamente até o final do século.
Uma em cada seis espécies de abelhas foi extinta regionalmente em algum lugar do mundo.
Acredita-se que as principais causas da extinção de polinizadores sejam a perda de habitat e o uso de pesticidas.
Em
defesa das abelhas
Gräff é frontalmente contrário ao uso de agrotóxicos, especialmente na forma como ele é aplicado nas lavouras. Precisamos acabar com a pulverização e buscar outras alternativas de aplicar o veneno nas plantas. Na forma como é feito atualmente, caba com todos os seres vivos (insetos/abelhas e pássaros) que se encontram no espaço aéreo onde é feita a aplicação. “É muita crueldade. Além de todos os efeitos negativos citados, o agrotóxico contamina a água e a terra”, completa Gräff.
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