O jornalista e vereador Deolí Gräff fez o registro, na sessão da Câmara de Vereadores de 30/06, do falecimento de DORIS JAEGER, ocorrido dia 28/05/21, aos 89 anos de idade. O sepultamento foi no Cemitério Evangélico do Centro de Lajeado.
Ela é a última integrante da família de Alfredo Jaeger a falecer. Dóris morava na casa da família Jaeger, localizada na esquina das Ruas Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros.
Gräff defende a municipalização desta casa como patrimônio cultural e arquitetônico de Lajeado. Leia a biografia de Alfredo Jaeger, patriarca da família.
Alfredo Jaeger
Nasceu em 03/03/1887,
em Conventos. Último filho de Luís Jaeger e Catarina Scherer Jaeger. Perdeu a
mãe muito cedo, tendo frequentado as aulas de alfabetização do professor
Diesel, em Conventos; da professora Antonieta da Costa Karnal, em Lajeado e o
Colégio Farroupilha, em Porto Alegre.A convite do farmacêutico e "doutor" João Henrique Hugo Baumann, em 1906, foi trabalhar em sua Farmácia Baumann, em Venâncio Aires, tornando-se sócio, no decorrer dos anos. Como Baumann já tinha exercido funções de "médico" em Lajeado, no período da Revolução Federalista, transferiu a Farmácia Baumann para Lajeado, onde funcionou por anos o Banco Itaú, no Edifício Auto Vale, Rua Júlio de Castilhos, nº 545, esquina com a Rua Francisco Oscar Karnal.
Em 10/08/1909 Alfredo comprou a parte do Baumann, tornando-se proprietário único da farmácia. Formado em Medicina pela Ufrgs, em 1914, Dr. Antônio Angúlo Diaz veio morar em Lajeado, adquirindo a farmácia de Alfredo Jaeger, em 18/12/1916, anexando-a à Clínica Médico Cirúrgica Dr. Angúlo Diaz.
Casou-se com Carolina Paulina Fett em 20/11/1909, tendo os filhos: Alda, professora de piano (*19/03/1916, falecida), Waldo, bancário (*22/02/1920, + 19/03/1945), Sônia, professora (*05/01/1922, falecida) e Dóris, professora e orientadora educacional (*23/06/1931 / + 28/05/21).
Como presente pelos 10 anos de casamento, comprou o terreno vis-à-vis à Casa de Cultura, na Júlio de Castilhos nº 364, esquina com a Rua Borges de Medeiros, onde Antônio Fialho de Vargas tinha construído o seu histórico sobrado, demolido dias depois dos festejos de centenário da Independência do Brasil, em setembro de 1922. Já no ano anterior, na área baldia da esquina, Alfredo iniciou a construção do sobrado Jaeger, ainda existente, como um marco do antigo núcleo urbano.
Ainda existe no sobrado, semi-encravada na casa, a cisterna que servia de depósito de água para os períodos de estiagem, de significado histórico. Fundado em 1906, em Pelotas, o Banco Pelotense abriu filial em Lajeado, estabelecido no térreo do palacete de Alfredo Jaeger, seu primeiro gerente, cerrando suas portas menos de uma década depois, em 05/01/1931.
No mesmo térreo, em vários períodos, funcionaram as agências do Banco do Brasil, Banrisul e Banco do Comércio e Banco Santander Meridional S.A.
Alfredo Jaeger também foi empresário comercial e industrial. Empenhou-se pela reorganização da então Associação Comercial de Lajeado, eleito na assembleia de 14/07/1935 como membro diretor e suplente do 2º tesoureiro, com mandato até 24/04/1937.
Teve empenho pessoal na fundação da mantenedora do Hospital São Roque, hoje Bruno Born, inaugurado em 02/07/1933, sendo o seu contador por vários anos.
Reconhecido pela comunidade como incentivador de desenvolvimento para o município, recebeu nome de rua 24 anos depois de falecer, em 18/03/1966.
É nome de rua no Bairro Olarias, pela Lei nº 4.562, de 03/12/1990, resultado do Projeto de Lei nº 121-02/90, do Poder Executivo, aprovado pela Câmara de Vereadores, em 30/11/1990. Trata-se de uma rua de três quadras de extensão, ligando a Rua Paulo Emílio Thiesen à margem da BR-386. Texto de José Alfredo Schierholt
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