quarta-feira, 30 de junho de 2021

UTI Pediátrica

 HBB encerra atividades hoje, dia 30

Lajeado e o Vale do Taquari foram surpreendidos, nesta terça-feira, 29/06, com o fechamento da UTI Pediátrica do Hospital Bruno Born. O setor está há 30 anos prestando atendimento a região. Segundo a direção da instituição, a exigência do Ministério da Saúde, em separar as Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, e a falta de profissionais especializados, levaram a tomada dessa decisão. A UTI Pediátrica atende bebês de 29 dias até crianças com 13 anos de idade. A UTI Neonatal, que atende recém-nascidos de até 28 dias, segue com suas atividades normalmente.
        O fato foi amplamente discutido na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Lajeado, ocorrida ontem, terça-feira. O vereador Deolí Gräff apoiou a Moção de Repúdio proposta pelo presidente da Câmara, Isidoro Fornari Neto. Gräff sugeriu que o diretor do Hospital Bruno Born, Cristiano Dickel e o representante da 16ª CRS usem o espaço da Tribuna Livre, na próxima sessão da Câmara, para prestarem esclarecimentos sobre o fechamento da UTI Pediátrica. “Se a mais de 10 anos a casa de saúde sabia que estava ilegal perante o Ministério da Saúde, por que nada foi feito, chegando ao ponto de encerrar as atividades”, questionou o vereador.
        A UTI Pediátrica do Hospital Bruno Born é referência para Lajeado e para mais de 35 municípios. Com o fechamento da UTI Pediátrica estas comunidades precisarão se deslocar para outros hospitais do Estado, e os bebês e crianças com necessidade de atendimento intensivo, deverão ser inscritos na Regulação Estadual de Leitos de UTI, gerando transtornos e demora, o que poderá causar situações irreversíveis.

Criminalidade em Lajeado

 Gabinete de Gestão Integrada 

apresenta novos índices 

        Nesta terça-feira, 29/06, o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) apresentou novos dados sobre os índices de criminalidade no município, durante reunião na prefeitura de Lajeado. O momento contou com a presença de representantes de diversos órgãos de segurança de Lajeado e participação da imprensa. Segundo os dados, houve diminuição nos índices de criminalidade no município em comparação com o mesmo período de anos anteriores. A análise integra uma das frentes de trabalho do Pacto Lajeado Pela Paz. 

Secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli apresentou os dados 

        Participaram da reunião representantes da Delegacia de Polícia, do Ministério Público, do Instituto Cidade Segura, do Corpo de Bombeiros de Lajeado, da Polícia Rodoviária Federal, do Presídio Estadual de Lajeado, da Defesa Civil, da Brigada Militar, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Lajeado, da Delegacia da Mulher, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro) e do Instituto Ipê-Amarelo.

        Representando o poder executivo, estiveram presentes os titulares das Secretarias de Segurança Pública, Paulo Locatelli; da Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), Carlos Reckziegel; do Desenvolvimento Social (SMDS), Céci Maria Gerlach; do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (SEDETAG), André Bücker, bem como o ouvidor do município, Ildo Salvi, e o coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner.

        Na reunião, que foi mediada pelo secretário da Segurança Pública, Paulo Locatelli, foram apresentados dados atualizados dos índices de criminalidade de Lajeado. Um dos crimes com maior redução foi o de homicídios dolosos, que, de janeiro a maio de 2021, registrou uma redução de 66,6% no número de ocorrências em comparação ao mesmo período de 2020. 

         Outra queda significativa no número de ocorrências foi no crime de roubo a pedestres, que de janeiro a maio de 2021 apresentou 60% de ocorrências a menos do que no mesmo período em 2020. 

         - Os dados apresentados pelo GGI são provenientes dos próprios órgãos de segurança. A função do GGI é tabular esses dados, que são enviados de volta aos órgãos responsáveis para que possamos, de forma estratégica, prevenir essas ações. E este trabalho tem dado certo. A cidade de Lajeado vem apresentando reduções históricas de violência, com quedas ainda mais expressivas do que a média das demais cidades do Estado. A união faz a força, e todos os órgãos do GGI estão envolvidos neste resultado - contou Locatelli.

         Ao final da reunião, os titulares da SECEL, Carlos Reckziegel, e da SMDS, Céci Maria Gerlach, apresentaram as ações desenvolvidas pelas respectivas secretarias municipais, que auxiliam na prevenção à criminalidade, como é o caso dos projetos esportivos, que oferecem atividades esportivas para crianças e adolescentes no contra turno escolar.

Agrotóxicos

AL aprova projeto que 

trata do controle no Estado

        A Assembleia Legislativa do Estado aprovou ontem, 29/06, o Projeto de Lei nº 260/2020, encaminhado pelo Governo do Estado, que trata do controle de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. No ano passado, a proposta recebeu regime de urgência e passou a trancar a pauta.
        “Entendo que a alteração desta lei é um retrocesso ambiental e social. Mudar a lei significa liberar mais veneno e colocar em risco a segurança alimentar e a saúde da população”, coloca o jornalista e vereador Deolí Gräff.
        O projeto altera a regra sobre restrições ao ingresso no Estado de produto agrotóxico importado. Atualmente, o produto só pode ser adquirido se o uso for autorizado no país de origem, trecho que, pela proposta, foi suprimido. Na justificativa do texto, consta que a atual lei faz com que o setor produtivo do agronegócio não tenha “acesso a melhor tecnologia e aos avanços produtivos daí derivados”.
        “Mesmo com mais tecnologia, o agrotóxico continuará sendo veneno”, reforça Gräff.
No Brasil, o setor agro utiliza o equivalente e 7,6 litros por pessoa. Um número absurdo. O Rio Grande do Sul, como celeiro em produção de alimentos, deve buscar mais opções na produção de alimentos limpos, livres de agrotóxicos. “Usar a tecnologia a favor da produção e não a favor dos agrotóxicos”.  
        O ex-deputado Antenor Ferrari (MDB), que foi o autor da lei estadual de 1982, trata da legislação do uso de agrotóxicos.

Família Jaeger

 Falece Dóris Jaeger

        Dóris Jaeger faleceu dia 28/05, aos 89 anos de idade. Seu sepultamento foi no Cemitério Evangélico do Centro de Lajeado.

        Dóris era filha de Alfredo Jaeger e Carolina Paulina Fett Jaeger. O casal teve quatro filhos: Alda, professora de piano; Waldo, bancário; Sônia, professora e Dóris professora e orientadora educacional. Ela foi a última integrante da família a falecer. A família residia na casa situada na esquina das Ruas Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros.


    
    
Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, o imóvel é de propriedade de RB Empreendimentos Imobiliários Ltda., sendo que o mesmo já consta no Inventário do Patrimônio Cultural do Município.
        A administração municipal tem interesse na aquisição do imóvel, dependendo tal procedimento de avaliação e análise prévia de valores.

Da imprensa

Rádio Independente inaugura 

novo estúdio multimídia

        Nesta segunda-feira, 28/06, foi inaugurado o novo estúdio da Rádio Independente, batizado de Lauro Mathias Müller — nome do fundador da empresa e ícone da comunicação regional. Completamente remodelada, a estrutura foi adequada a nova realidade do meio rádio, proporcionando mais qualidade e melhor entrega em áudio e imagens. Diversas câmeras de última geração, iluminação própria para a transmissão em vídeo e um novo layout são os destaques da estrutura.

Diretor da Rádio, Ricardo Brunetto e prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo


Novo estúdio foi inaugurado na segunda-feira, 28/06

        “Entendemos que para continuar com nossa trajetória bonita e vitoriosa de 70 anos, necessariamente, precisaríamos inovar”, enaltece o diretor do Grupo Independente Ricardo Brunetto. Além do estúdio pensado para o digital, a Rádio Independente teve aumento de sua potência no canal FM 91,7. “A rádio, na Classe A1, se torna uma das mais potentes do interior do Rio Grande do Sul.”
        Para o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo o maior patrimônio que o Grupo Independente construiu, ao longo da sua história, é a sua credibilidade. “A abrangência da sua credibilidade, em mais locais e de forma simultânea, traz um reflexo para o Grupo, para o Vale do Taquari e, especialmente, para Lajeado”, destaca prefeito.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Mais segurança para crianças

Vereadores querem fechamento 

de rua para beneficiar Slan

Rua hoje é utilizada para estacionamento dos funcionários da Slan

        O vereador Lorival Ewerling dos Santos Silveira é autor, junto com outros 11 vereadores, de requerimento que pede ao Poder Executivo, o fechamento da Rua sem denominação, localizada nos fundos do prédio da Slan, no centro de Lajeado. A proposta é integrar a área da rua no pátio da Slan, que recebeu em doação a antiga área do CTG Bento Gonçalves. Para facilitar o uso deste espaço é necessário o fechamento da via pública para facilitar a circulação das crianças que frequentam a instituição. Esse ajuste unificaria as duas áreas.
        A unificação das duas áreas facilitará o desenvolvimento de projetos e atividades com os alunos. “Consideramos importante oferecer segurança para as crianças matriculadas na Slan”, justificou Silveira. Ele observa que nesta rua, que tem extensão de apenas uma quadra e tem baixo fluxo de veículos e existem alternativas de outras vias nas proximidades para quem precisa se deslocar por aquela área da cidade.  
        A proposição de Lorival Silveira conta com o apoio dos vereadores Deolí Gräff, Heitor Luiz Hoppe, Éderson Fernando Spohr, Antônio Marcos Schefer, Mozart Pereira Lopes, Ana Rita da Silva Azambuja, Carlos Eduardo Ranzi, Paula Thomas, Jones Barbosa da Silva, Sérgio Luiz Kniphoff e Adriano Rosa dos Santos.
        Para o vereador Deolí Gräff, “o fechamento desta rua se faz necessário para oferecer segurança e melhor espaço para a circulação das crianças, professores e familiares da Slan”. Ele salientou que “a rua é tão insignificante que nem nome tem”. Por ser muito curta, e estar situada em local inundável nas enchentes do Rio Taquari, não possui nenhum morador.

Semana Farroupilha

Lajeado deverá ter evento em 2021


  
    

        A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) começa a pensar, com cautela, no retorno dos eventos, paralisados em função da pandemia de coronavírus. O prefeito Marcelo Caumo, em entrevista à Rádio Independente, disse que a Secel deverá dar início à organização dos eventos, entre os quais citou a Semana Farroupilha.
        O prefeito lembrou a última edição, em 2019, foi um grande sucesso. O evento deverá ser realizado novamente no Parque dos Dick, no centro da cidade, com o Acampamento Farroupilha. Ele reforça que a edição deste ano não será no tamanho das edições anteriores, porque deverão ser observados todos os cuidados em relação a pandemia. Os protocolos necessários ao evento ainda estão em estudo.

Religiosidade


Designado novo pároco para Capitão

        O bispo dom Aloísio Dilli, da Diocese de Santa Cruz do Sul, designou como novo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Capitão, o padre Jean Mara Lafortune. Ele ocupa o lugar do padre Silvério Schneiders, que faleceu no dia 09/06. Pe. Jean é o atual Vigário Paroquial de Candelária. A posse dele deverá ocorrer no primeiro final de semana de julho, com horário a ser definido.
        “Ao padre Jean desejamos fecundo exercício do ministério em Capitão e aos padres da comarca pedimos fraterna acolhida ao novo colega”, escreveu dom Aloísio no texto de nomeação. “Ao povo de Capitão, enquanto lhe agradecemos pelo extremo cuidado que teve com o Pe. Silvério, expressamos a nossa estima e consideração e lhe pedimos que tenha a mesma acolhida ao padre que está chegando”.
        “Ao padre Jean, dizemos: ame o povo que te está sendo confiado e procure atendê-lo com a dedicação de Cristo, o Bom Pastor”, recomenda o bispo.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Postes de energia elétrica

Prefeitura de Lajeado e distribuidoras discutem formas da retirada de fiação obsoleta 

        

O excesso de fiação em postes de energia elétrica de Lajeado foi pauta de conversa entre Prefeitura, Certel Energia e RGE, distribuidoras de energia elétrica atuantes na cidade, no dia 21/06. Os órgãos estudam maneiras para diminuir a poluição visual dos postes, bem como regularizar a fiação que é compartilhada entre serviços de energia elétrica e de telecomunicações.

Reunião ocorreu no gabinete do prefeito Marcelo Caumo

        Para estruturar a viabilidade da ação participaram do encontro o prefeito Marcelo Caumo, a vice-prefeita Gláucia Schumacher, os scretários do Planejamento, Urbanismo e Mobilidade (SEPLAN) Giancarlo Bervian, de Obras e Serviços Públicos (SEOSP) Fabiano Bergmann, o coordenador de TI do município Luis Schneiders, o coordenador de Relações Comunitárias e Institucionais Günther Meyer, o engenheiro do município Isidoro Fornari, o consultor de negócios da RGE, Umberto Ossig Santana, o superintendente da Certel Ilvo Edgar Poersch e o diretor da Certel Daniel Luis Sechi.
         As distribuidoras de energia recebem a concessão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a utilização dos postes e podem ceder espaço para as empresas de telecomunicação, que apresentarem projetos, utilizarem os postes de energia. Durante o encontro, o grupo discutiu formas de melhorar a organização dos fios nas estruturas, que são compartilhadas com diversas empresas, como de internet e televisão a cabo, o que tem acarretado em uma quantidade excessiva de fios e cabos.
        O próximo passo será a convocação das empresas regularizadas com a RGE e Certel para uma reunião com o Ministério Público e, mais tarde, será realizada uma audiência pública com todas as empresas que ocupam os postes da rede elétrica. Posteriormente, a ideia é estipular um prazo para que as empresas possam identificar e regularizar a sua fiação. Caso não seja regularizada a situação, será iniciado o processo de retirada dos fios, tanto ativos como os inativos.

Da imprensa


10 anos de Tropical FM 

Rangel Felipe Huppes (foto) está comemorando 10 anos de Tropical FM 103,7. Com sua voz marcante e alegre ele conquistou espaço e audiência. Muita dedicação e profissionalismo. Parabéns.

24ª RT

Frente Parlamentar dos Vereadores 

pela Tradição marca encontro presencial

        

A Frente Parlamentar dos Vereadores pela Tradição (FREPAVT), criada em março deste ano pelo MTG, conta com 75 participantes representando municípios de todas as regiões do Estado. O representante da 24ª Região Tradicionalista é o jornalista e vereador Deolí Gräff (foto). A entidade realizou reunião virtual dia 23/06, coordenada pelo vereador de Farroupilha, Tiago Ilha. Diversos assuntos relacionados ao tradicionalismo gaúcho foram debatidos durante o encontro.
        Um assunto amplamente debatido na reunião foi sobre a realização da Semana Farroupilha. Tiago Ilha sugeriu que dentro da programação dos festejos farroupilhas seja promovida reunião presencial dos vereadores da Frente em local a ser definido. Ele disse que o encontro terá um significado especial porque também marcará o ano da criação da Frente Parlamentar.
        A próxima reunião do grupo, marcada para o dia 07/07, às 18h, será toda destinada para debater a programação alusiva a Semana Farroupilha.

Personagem da História

Victorino Chisini

        Victorino Chisini nasceu em 24/08/1925, em Garibaldi, filho de Fortunato Chisini (1875, Garibaldi) e Ângela Sabadin (30/10/1875 Marostica, Vicenza, Veneto, Itália).
Fez o primário em Contabilidade no Colégio Santo Antônio de Garibaldi. Prestes a completar 20 anos, em 10/01/1945, casou-se em Garibaldi com Hilda Maria Lorenzi (filha de José Lorenzi e Catarina Lorenzi), com quem teve as filhas Josênia Marisa e Janete Marlise.
         Foi balconista na empresa de óleos Zonta, Chisini & Cia desde 1941, sendo que em fins de 1946 chegou a Lajeado para atuar na gerência da filial da empresa. A empresa foi extinta em 1949, e então, fundou a Chisini & Filhos, da qual foi gerente.
        Em 1951, a razão social passou a ser Chisini & Cia. Ltda., onde Victorino tinha 80% do capital. Com vertiginoso crescimento no comércio de cereais, importação e exportação, associou-se em 1953 à empresa Irmãos Bortolini, passando a operar no ramo de Moinho de trigo e milho.
       

Chisini fez parte da diretoria do Grupo Imec

        Em 1955 a empresa expandiu, sendo transformada em Sociedade Anônima, com o nome de Importadora e Exportadora de Cereais S.A - IMEC, da qual participou com capital inicial de Cr$10 milhões, detendo 33%. Foi eleito presidente da empresa até 1970. A primeira unidade do supermercado foi fundada em 1960, em Lajeado.
        Em 31/03/1965, o Jornal Diário de Notícias lança matéria informando “Diário de Notícias visita instalações dessa poderosa organização comercial e industrial do Alto taquari que muito tem contribuído para o desenvolvimento da região.”, destacando que tratava-se naquela época de “uma das firmas do Alto Taquari que mais adquire cereais produzidos na região, exportando, posteriormente, para os grandes centros consumidores do País”. Cita ainda a matéria que houve por parte da IMEC à época, instalação da indústria de farinha de mandioca, que veio a despertar maior interesse na região quanto ao plantio da mandioca, demonstrando o progresso que a empresa então capitaneada pelo senhor Chisini proporcionou ao Alto Taquari.
        Participou ativamente na vida comunitária e social, tendo sido sócio fundador do Lions Clube e várias entidades e associações, destacadamente da Saidan, em cuja construção foi diretor de obras.
        Em sinal de reconhecimento, em outubro de 1971 foi lhe conferido o título raro de Comendador da Legião de Honra Marechal Rondon, pelo governo federal.
Faleceu em uma segunda-feira, às 17h30mim do dia 03 de setembro de 2007 no Hospital Bruno Born, atestado pelo médico Aldo Pricladnitzki, que atestou a morte natural por parada cardiorrespiratória, aos 82 anos. Foi sepultado no município de Garibaldi.
        

O vereador Carlos Eduardo Ranzi apresentou em maio de 2021, e foi aprovado por unanimidade, o projeto de lei para denominar de Rua Victorino Chisini as Ruas G, F12 e F, localizada no Loteamento Probairro II, Residencial Althaus e Baviera, no Bairro São Bento.

Tradicionalismo

MTG comemora os 60 anos da 

Carta de Princípios

        O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) divulgou orientações para os trabalhos que serão desenvolvidos para celebrar os 60 anos da Carta de Princípios. As comemorações oficiais acontecerão de 19 a 25 de julho, com a realização de uma série de atividades, envolvendo todas as esferas e departamentos do MTG, como o 2º Fórum Tradicionalista e o Seminário de Cultura e Integração.
        A Carta de Princípios é o documento norteador de todas as iniciativas e os valores cultuados no MTG através das regiões tradicionalistas e das entidades filiadas. Foi elaborada por Glaucus Saraiva e aprovada em 1961, durante o 8º Congresso Tradicionalista, que foi realizado de 20 a 23 de julho, no CTG “O Fogão Gaúcho”, em Taquara (RS).

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Prefeitura cede prédio do DML para IGP

Obra foi realizada, em forma de mutirão, 

pelo Lions Club Florestal

Roberto Ruschel e Deolí Gräff na sessão da Câmara de Vereadores de Lajeado    

        Na sessão da Câmara de Vereadores, de terça-feira (22/06), o vereador Deolí Gräff fez um reconhecimento público ao Lions Club Lajeado Florestal, através da presença do ex-presidente Roberto Ruschel, em virtude do Projeto de lei 045/2021, que autoriza o Poder Executivo a conceder o direito real de uso do prédio do Departamento Médico Legal (DML) para o Instituto Geral de Perícias (IGP).

        O Lions liderou a construção do prédio do DML. Foi uma obra de muitas mãos e quem esteve à frente da Comissão de Construção foi o ex-presidente do Lions Florestal Roberto Ruschel. Além dele, o vereador destacou Guinther Prediger, Ditmar Kirsch, o Girico e o pai dele, Frederico Luiz Kirsch, o Lulu e tantos outros.

        A obra iniciou em maio de 1988, há 33 anos, quando Erni Petry era prefeito de Lajeado e foi concluída em 18 de agosto do ano seguinte, quando o prédio foi entregue ao prefeito da época, Cláudio Pedro Schumacher.

        A construção exigiu investimento de 2 milhões e duzentos mil cruzados. O prédio tem um total de 87m2. A Administração Municipal destinou verba de 800 mil cruzados para a mão de obra e a outra parte de 1 milhão e quatrocentos mil cruzados, foram angariados pelo Lions Florestal através de diversas ações e uma delas foi a Campanha Pedágio no Ar, com apoio da Rádio Independente e da antiga CRT.

        Conforme relatou Roberto Ruschel, “a realização da obra foi regional, vários municípios do Vale do Taquari contribuíram para viabilizar a construção. Também contou com o apoio de entidades como a CDL, Acil, Câmara Júnior, a atual JCI, O Rotary Club e também o Lions Lajeado Centro”.

        Cabe aqui um reconhecimento à dedicação do saudoso diretor da Independente Lauro Mathias Müller e ao jornal O Informativo, na pessoa do saudoso Oswaldo Carlos van Leuween, que deram integral apoio ao projeto.

        O prédio foi viabilizado por um grande mutirão regional e os equipamentos e mobiliário foram conseguidos junto ao Governo do Estado, pelo governador da época, Pedro Simon, em uma audiência no Palácio Piratini. A comitiva de Lajeado foi liderada por Norberto Scheer, presidente da Comissão Municipal de Acompanhamento dos Serviços Públicos Estaduais (COMASPE), com o presidente da comissão de obras Roberto Ruschel e demais lideranças do município. 

        Para Gräff, “este gesto do Lions Florestal deve servir de exemplo e de incentivo para acreditar que existem pessoas que praticam o voluntariado. Na realização desta obra os sócios do Lions Florestal colocaram em prática o lema do Lions: Nós servimos.”

        Esta obra em questão tem servido para situações em que nenhum de nós deseja estar, da qual não estamos livres. Além do reconhecimento, nossa gratidão ao Lions Clube Florestal, finaliza Gräff.

Lions Club Florestal

Pizza da solidariedade


        O Lions Club Florestal, que tem na presidência Ilvo Poersch, realiza a ação Pizza Solidária, no próximo sábado, dia 26, na sede da Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan).
        Conforme Ilvo Poersch foram vendidos mais de duas mil pizzas em um grande envolvimento com toda comunidade de Lajeado. A retirada das pizzas será no sábado, a partir das 10h, no sistema drive thru em frente a SLAN. No mesmo dia das retiradas, estará acontecendo o recebimento de roupas, calçados, brinquedos, eletrodomésticos, louças, utensílios em bom estado, móveis, colchões, travesseiros, roupas de cama, mesa e banho que serão utilizados para o bazar solidário da Slan.
        Toda esta atividade do Lions Florestal é em benefício das mais de 640 crianças e adolescentes matriculados nos três centros de atendimento da Slan.
        “Uma iniciativa louvável, digna de efusivos aplausos”, completa o jornalista e vereador Deolí Gräff.

Inovação

 

Prefeitura dá início a processo de elaboração

 

de edital para PPP de iluminação pública


Reunião ocorreu na segunda-feira, dia 21


A Prefeitura de Lajeado deu o primeiro passo na segunda-feira (21/06), para o processo da Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública do município. Em reunião do Conselho Gestor do Programa de PPP, a Prefeitura apresentou o interesse do município em iniciar a elaboração do edital de chamamento para a Proposta de Manifestação de Interesse, que receberá propostas para posterior definição do projeto que será licitado. 
 
Após integrantes do governo terem participado de eventos que tratam de cidades inteligentes, o município foi procurado por uma empresa, a multinacional italiana Enel X, em razão do interesse da empresa em investir na cidade. A empresa então apresentou uma Manifestação de Interesse Privado (MIP) para o desenvolvimento de um projeto de iluminação pública e cidades inteligentes. O MIP é um documento elaborado por uma empresa privada que manifesta o seu interesse em oferecer a um governo um serviço que seja de interesse público. Agora, a decisão é publicar um edital de chamamento para abrir a possibilidade de outras empresas participarem com ideias de soluções para a iluminação, além de outras alternativas tecnológicas. 
 
A PPP da Iluminação Pública buscará viabilizar, através de uma concessão administrativa, a modernização, otimização e eficientização energética da rede de iluminação pública. Além disso, deverá contemplar também a expansão, manutenção, reestruturação e gestão da rede, além de ações que possibilitem a implementação de soluções inovadoras em busca de uma cidade mais moderna e tecnológica visando melhor a qualidade de vida da população. 
 
“Fazer uma PPP para a iluminação pública estava já no nosso Plano de Governo. É uma ação que estávamos avaliando desde 2018 e que, no atual cenário, vemos um ambiente mais propício para que essa solução avance. Entendemos que esta é a melhor forma de qualificar este serviço, otimizando a aplicação dos recursos públicos e entregando melhores serviços à população. E, a partir da MIP, vamos agora dar início a um processo mais amplo de escolha do modelo de projeto que melhor responda às nossas necessidades e à nossa capacidade econômico-financeira e, depois, fazer a licitação para definir quem executará este projeto. Queremos com isso permitir a participação de mais empresas para chegarmos à melhor solução em custo-benefício”, explicou o prefeito, Marcelo Caumo.
 
O jornalista e vereador Deolí Gräff considera positiva essa parceria público-privada, uma vez que vem para solucionar um problema gravíssimo na cidade. “A iluminação pública é uma necessidade urgente, pois também trata-se da segurança para as pessoas. A terceirização da iluminação pública vai tornar o serviço mais eficiente e melhor para todos”, completa Gräff.
 
 
 
O passo a passo do projeto da PPP de iluminação pública
 
- A empresa Enel X apresentou uma MIP (Manifestação de Interesse Privado) à administração municipal focada no desenvolvimento de um projeto de iluminação pública inteligente. Em âmbito federal, o Decreto Federal n.º 8.428, de 02 de abril de 2015, apesar de não tratar especificadamente da MIP, reconhece sua existência e possibilidade de utilização em seu art. 4ª, § 7º, ao esclarecer as condições a serem obedecidas pela Administração, quando do recebimento da MIP e posterior lançamento do Edital de PMI. Ou seja, a legislação permite que qualquer empresa privada possa fazer este tipo de proposta a um ente público para a execução de algum projeto de interesse público.
 
- A proposta de realização da PMI foi apresentada, em reunião na tarde desta segunda-feira, ao Conselho Gestor do Programa PPP, criado pela lei municipal 10.606/2018 e formado por representantes das secretarias da Fazenda, Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, de Obras e Serviços Públicos, Procuradoria e da Seavat (Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari).
 
- A partir do recebimento da MIP, a administração municipal dará início à elaboração do chamado Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), que inicia com um edital de chamamento público pelo qual outras empresas podem apresentar suas próprias ideias para um projeto de iluminação pública inteligente. Isso significa que, mesmo que a empresa Enel X tenha apresentado a ideia inicial, outras empresas poderão participar do processo, apresentando seus próprios projetos e propostas de soluções.
 
- O edital a ser elaborado deverá apresentar quais ações o município deseja executar na PPP. Uma vez publicado, empresas interessadas apresentarão suas ideias para resolver as necessidades apresentadas pelo município. A ideia mais adequada será escolhida (por uma comissão técnica criada especificamente para este fim) e o projeto passará a ser desenvolvido no prazo previsto pelo edital. Importante salientar que nesta etapa trata-se de elaboração do projeto, não da execução. A elaboração deste projeto não tem custo para o município.
 
- Uma vez selecionado o projeto a ser executado, posteriormente será publicado um edital de licitação para escolher a empresa que, então, executará o projeto de PPP (Parceria Público-Privada). Como o nome indica, é um projeto no qual a empresa faz investimentos para melhoria do serviço público previsto no projeto e o município paga o serviço prestado de acordo com um cronograma de longo prazo previsto no edital.

Personagem da história

Biografia de Adelar Straatmann

Adelar Straatmann nasceu em Estrela/RS, em 10 de janeiro de 1922. É Filho de João Affonso Straatmann e Elvira Luiza Drësch Straatmann. Aos dois anos de idade mudou-se, com a família, para Lajeado.

Fez seus estudos no Instituto De Ensino Comercial do Colégio São José, concomitante, com o Ensino Propedêutico, recebendo seu diploma de Guarda Livros em 16 de dezembro de 1936. Aos catorze anos de idade foi para Santa Cruz do Sul, fazer seu curso superior, no Liceu Comercial São Luiz, recebendo título de Contador.

Voltando a Lajeado, foi trabalhar no antigo Banco Pheifer, que deu origem ao atual Banco Santander. Em meados de 1940, quando seu pai associou-se a Hugo Oscar Spohr, na agência da Ford, com o nome de Spohr & Straatmann Cia Ltda, Adelar foi chamado, pelo seu genitor, para assumir como contador da referida empresa.

Fez seu serviço militar, no Tiro de Guerra 236, de Lajeado, em 1939, ano que começou a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se então reservista do Exército Brasileiro e, se o Brasil entrasse na guerra, o que correu em 1942, poderia ser convocado para o front. Se tal fato ocorresse, deveria se apresentar na guarnição militar de Caxias do Sul. Felizmente esse fato não ocorreu.

Adelar também foi membro do Lions Clube do Centro, onde, por vários anos, foi secretário.

Em 1967, foi criada a Junta da Justiça do Trabalho. O primeiro juiz, Dr. José Luiz Guimarães Falcão convocou Adelar para suplente de vogal dos empregadores, o que foi oficializado, pelo Diário Oficial de 22 de maio de 1967, cargo que ocupou de 1967 a 1979. Por inúmeras vezes, foi convocado pela Justiça para atuar como perito contador, em processos de várias empresas.

Presidiu a ACIL de 22 de outubro de 1962 a 27 de outubro de 1963. Foi também, presidente do Clube Esportivo Lajeadense, nos períodos de 1948, 1949 e 1954. Nos anos de 1952, 1953 e 1954, lecionou contabilidade no Colégio Marista São José, atual E.E. Presidente Castelo Branco.

Na época em que a votação para cargos eleitorais, federais e municipais, era feita com cédulas de papel e a contagem era manual, Adelar foi convocado, pela Justiça Eleitoral, inúmeras vezes, como Secretário Geral das Apurações.

Ao aposentar-se na sua empresa, na qual foi Diretor Presidente, os sócios Chessini e irmãos Bortolini, fundadores da Rede IMEC de supermercados, convidaram Adelar para fazer parte da empresa, como fiscal de contabilidade de seus mercados, que funcionavam, somente em Lajeado, Santa Cruz do Sul e Rio Pardo.

Casou-se em 29 de maio de 1942, com Yára Christ Straatmann, filha de Lothar Felipe Christ e Eugênia Mello Christ. Tiveram quatro filhas, as professoras Maria Lucia, Silvia, Ângela Maria e Maria Luísa.

Faleceu aos 67 anos, vítima de câncer, em 30 de setembro de 1989, em Lajeado. Descansa no Cemitério Evangélico do Centro, em Lajeado.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Ação Social

 CTG Bento Gonçalves 

promove atividade social

Galpão do CTG Bento Gonçalves

        No dia 10 de julho o CTG Bento Gonçalves vai realizar evento social com o objetivo de angariar fundos para manter suas atividades. A iniciativa consiste na venda de cartões de meio frango com polenta e salada ao preço de R$ 25,00. A retirada será dia 10/07 nas dependências do galpão do CTG, a partir das 11h30min.

        A patroa Marilda Oliveira, salienta que os frangos serão assados por membros do CTG. Ela observa que a receita será investida nas na manutenção das atividades culturais e tradicionalistas.

        A atividade é alusiva aos 67 anos de fundação do CTG comemorado dia 12/07.

Da imprensa

Marcelo Cardoso retorna ao esporte 

da Rádio Independente

        O narrador esportivo Marcelo Cardoso está de volta à equipe de esportes da Rádio Independente. Sua estreia foi na narração do jogo do Inter 1x1 Ceará, ontem, dia 20/06, no Estádio Beira Rio.
        “Foi aqui que cresci, evolui e muito aprendi nessa profissão tão bonita e importante que é radialista/narrador. Foram quase dez anos de casa na primeira passagem pela emissora. Depois caminhos diferentes foram traçados, e agora, voltamos”, escreveu Cardoso, em seu perfil no facebook.
        Merece reconhecimento o diretor do Grupo Independente, Ricardo Brunetto, que trabalha constantemente na profissionalização da equipe de comunicadores.

 

Diz aí no que tu está pensando?

 Gilberto Jasper

Jornalista

gilbertojasper@gmail.com



Gente que faz a vida valer a pena

        Nestes tempos bicudos, viver uma experiência solidária é um bálsamo que consola as nossas dores. No ano passado comprei um par de alpargatas de couro pela internet. O calçado, fabricado na região metropolitana e preço justo, chegou no prazo prometido. Na hora de usar, porém, a decepção: bem no meio da palmilha havia uma saliência semelhante à cabeça de um prego ou de uma tachinha.

        Teimoso como bom descendente germânico tentei usar, sem sucesso, devido ao desconforto. O calombo, mesmo pequeno, quase imperceptível, incomodava muito na hora de caminhar. Resignado, deixei o par jogado no fundo do armário. O recrudescimento do frio, porém, motivou a busca de uma solução.

        Depois de localizar pela internet uma loja de palminhas fui até o centro de Porto Alegre para conferir o produto. Saquei a alpargata da mochila para que uma gentil senhora examinasse. Em seguida ela buscou uma palmilha de silicone na vitrine. Depois de examinar a situação avisou:

        - Eu até posso vender o produto, que custa 60 reais, mas vai durar poucos dias e rasgar – explicou, sob a anuência de um colega balconista.

        Eles sugeriram que procurasse um sapateiro. Lembrei um profissional perto da minha casa, onde fui substituir a correia de couro da mateira recentemente. A mulher da sapataria me reconheceu, perguntou qual era o problema. Depois de examinar o calçado sugeriu:

        - O senhor não quer dar uma volta ou esperar aqui mesmo porque isso aqui a gente resolve logo! - disparou.

        Aceitei a sugestão. Fui ao supermercado da esquina. Em 15 minutos retornei à loja de consertos onde a mulher me esperava com um sorriso.

        - Não era prego, senhor... nem uma tachina. Era um pingo de cola que endureceu. Foi só passar uma lixa  que ficou perfeito! – detalhou.

        Ato seguinte, perguntei o custo do reparo:

        - Mas bem capaz! Foi só passar uma lixa fina. Não teve gasto algum. É cortesia da casa! – afirmou.

        Agradeci três vezes! No trajeto até o carro pensei nas duas lições daquela quarta-feira. Primeiro: apesar da proliferação de golpes de todo tipo, principalmente pelo whatapp, ainda existe muita gente honesta, gentil e trabalhadora.

        Mas, por outro lado, refleti: que tempos absurdos vivemos onde um serviço é bem feito (e grátis) ou é recusado por impossibilidade de resolver um problema, evitando uma despesa desnecessária. Ser honesto e sincero, atributos antigamente normais, hoje são motivos de comemoração e surpresa.

História

 Antigos Kerb no Vale do Taquari

 Em 31 de julho de 2013, na Igreja Matriz de Santo Inácio de Lajeado foi lembrado o 132º aniversário da instalação da Paróquia, ocorrida em 1881. Por várias décadas, festejava-se o Kerb. Hoje, restou o Almoço de Kerb, em 4-8-2013. Aliás, desde 1824, de largo uso no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, dicionários ainda não registram o termo Kerb.

Onde encontrar documentados os mais antigos Kerb na região?

Em meu Laboratório de Pesquisa tenho encadernado alguns exemplares do primeiro jornal de Lajeado, O Alto Taquary. Na edição de 8-1-1905, p. 3, há menção do Kerb de São Caetano, em Arroio do Meio, promovido por Krambunho, apelido de Filipe Scherer Sobrinho. Há menção de Kerb em Arroio Alegre, em 30-1-1905, promovido por J. Hamester.

Em Encantado, quando segundo distrito de Lajeado, o empresário comercial João Ferri ampliou sua casa comercial para instalar um salão festas e bailes. Entre os eventos, destacava-se o Kerb no Encantado, como em 29-6-1905 – cf o mesmo jornal, de 25-6-1905. Nas edições seguintes, há outras festas de Kerb.

 Até onde a memória alcança, em Lajeado sempre foram festejados os Kerb. Encontramos no jornal A Semana, de 17-7-1933, a notícia de que a Paróquia de S. Inácio de Loiola, desta vila, comemorará mais uma festa do seu padroeiro a 6 de agosto próximo vindouro, reinando para esta tradicional festa bastante animação. O C. S. Lajeadense que realizará os Kerbs nos dias 6, 7 e 8 está tomando providências para revesti-los da maior animação. A Sociedade Ginástica local, por motivos de força maior, irá levar a efeito os seus “Kerbs” em as noites de 30 e 31 do corrente.

No decorrer das décadas, diminuíram-se seus dias de festa, reduziram sua importância ou alteraram sua forma de comemorar. Em 2011, o Kerb de Santo Inácio foi preparado por um tríduo ou três noites de orações. O Kerb é um evento tradicional da paróquia, que une espiritualidade e o social – enfatizou o pároco, padre Antônio Puhl. Nas homilias das missas, foi homenageado o padroeiro Santo Inácio de Loyola. Foi rememorado seu fundador, Antônio Fialho de Vargas. Ao meio dia, foi servido o almoço comunitário no Ginásio Centenário, lotado de povo.

 

Kerb dos Evangélicos

Os festejos de Kerb entre o povo evangélico luterano, especialmente alemão, tem por origem a alegria pela inauguração de seu templo. Portanto, o Kerb é o dia do aniversário da inauguração do templo. Antigamente eram festejados três dias, especialmente na colônia, quando se recebia a visita dos parentes e amigos de outras comunidades.

Os Kerb iniciavam com um culto solene. Após o culto, a orquestra aguardava os fiéis à frente da porta do templo. Ao bater do sino, estouravam-se foguetes e a orquestra iniciava a tocar, conduzindo pastor e fiéis ao salão, onde, para muitos, a festa tinha continuidade até ao amanhecer do dia seguinte.

Em casa, normalmente as visitas eram recebidas com churrasco, regado à cerveja, e gasosa para as mulheres e crianças. Após o almoço havia sobremesa. O sagu não podia faltar.

 À tarde, as mulheres serviam tortas aos presentes.  Lembro-me que, em tempo de criança, meus pais certa vez receberam, de improviso, a visita de amigos e parentes vindo de ônibus. Por sorte havia um açougue próximo e ainda aberto, onde papai buscou quilos de carne e carvão para assar. Todos saíram satisfeitos e alegres.

 À noite, havia os famosos bailes de Kerb com a famosa gilda, vestida de mulher, pendurada no alto e no meio do salão. Quem arrancava a gilda durante a dança, era convidado a pagar uma rodada de cerveja para os amigos. Normalmente, o baile iniciava com a dança da polonaise. Todos eram convidados a participar e a expressar a sua alegria.

Hoje, muitas comunidades evangélicas não comemoram mais o dia da inauguração de seu templo. A palavra Kerb passa a ser esquecida, mesmo em nossa Comunidade Evangélica em Lajeado – depoimento do Prof. Herbert Lohmann, por e-mail de 10-8-2011.

Para registrar que o nosso interior ainda se reúne para festejar, de alguma forma, suas alegrias tradicionais, transcrevo o mais recente evento, de 28-9-2013: a Comunidade Evangélica de Arroio Abelha II, em Forquetinha, festejou seu Kerb.

 

Kerb na Alemanha de hoje e sua origem.

O texto acima do Lohmann foi enviado a um amigo meu, Ernesto Schlieper, pastor aposentado, agora residente na Alemanha, e que nos respondeu por e-mail de 15-8-2011.

A descrição de seu amigo Prof. Lohmann é exata e confere plenamente. Não só os evangélicos (luterano-reformados) celebravam o Kerb, como também os católicos. Aliás, o Kerb, também chamado de Kirchweihfest - festa da consagração da igreja - data da Idade Média!!! Para ambas as confissões era a celebração da consagração das igrejas, capelas, etc.

Na Baviera, atualmente, celebra-se no terceiro domingo de outubro o Dia da Igreja, em alemão Kirchtag. Este foi introduzido com intuito de aglomerar numa data as diversas festas de Kerb, se bem que se mantêm os Kerb no dia do padroeiro da igreja/capela ou na data de consagração do templo.

Também se encontra outra versão da origem do termo, na palavra "Kerbe" e seu verbo "kerben". Significa entalhe e entalhar. Ainda no século 18, em várias regiões na Alemanha, como na Renânia e no Palatinado, quando era inaugurada uma igreja ou capela, no portão de madeira da entrada principal, erguida em forma de arco, fazia-se um entalhe ou um corte, repetido a cada ano, no seu aniversário, festejado pela comunidade e sua vizinhança. Assim, sabiam-se quantos anos tinha a igreja, desde a sua inauguração. O hábito de festejar o aniversário de inauguração e ou seu santo padroeiro também foi trazido pelos imigrantes para o Brasil e cultivado nas linhas coloniais, identificado por Kerb.

Cada igreja e capela tinham o seu dia próprio de Kerb. Hoje, muitas localidades nem lembram mais a data.

 

Como eram festejados os Kerb?

Esta festa chegava durar uma semana. Depois, duraram de dois ou três dias. A mãe, os filhos, os netos e os parentes próximos chegavam à sexta – feira, no sábado ou no domingo para juntos participarem do encontro cerimonial, místico e espiritual. Tudo iniciava com um culto, uma missa, com a participação do coral ou grupo instrumental. Após o ato religioso, acompanhada de uma bandinha, a comunidade fazia o trajeto solene da Igreja até o clube, onde era a festa. À noite, era o baile de Kerb acompanhado pelos quitutes da cozinha regional.

De fato, mais que duas semanas antes, começava-se a sentir o espírito do Kerb. Havia um ar de satisfação e otimismo. Era a festa mais esperada do ano. Em sua preparação fazia-se uma faxina geral na casa, cortinas lavadas, assoalho escovado, jardim limpo, bem como o pátio, galpão, estrebaria e seus arredores, tudo cuidadosamente ajeitado. No meio da semana começavam os quitutes: sobremesa, cucas, bolachas, tortas, Sauerkraut, conservas de pepino, etc. Como não havia luz elétrica na maioria das casas, o refrigerador era totalmente inexistente. A bebida era colocada em um balde e dependurada no poço, cuja água era sempre fresca. A geladeira veio depois.

Os encontros familiares em dias de Kerb eram uma alegria esperada por todos. As crianças e primos se reencontravam. Aprendiam conhecer tios, padrinhos e parentes. Mostravam seus brinquedos. Os guris improvisavam uma bola de pano para jogar uma pelada ou se divertiam com “carreta de morro” nos declives de potreiros. À noite, a gurizada preferia dormir na grande sala. Era uma farra inesquecível.

Os jovens aguardavam, com ansiedade, o "Baile de Kerb", o ponto alto, para os quais preparavam os melhores trajes e vestidos. As costureiras começavam a ter mais trabalho. Para as moças, significava um vestido novo, quando não dois ou três, um para cada noite.

Os rapazes mandavam costurar calças novas. Sapato novo já era coisa mais rara. Usava-se o tamanco pela estrada, levando o sapato numa sacola até perto do local do evento, onde era calçado. Os que vinham a cavalo mostravam suas qualidades de cavaleiros, em arreios de couro e adornos prateados, ainda mais quando o belo sexo estivesse nas proximidades.

As mulheres mostravam as novidades da casa, habilidades manuais, álbuns de fotos, troca de experiências na educação dos filhos, escola, saúde e tudo quanto se relacionava a assuntos domésticos.

Os homens reviam os melhoramentos havidos na propriedade, trocavam experiências em assuntos de agricultura, criação de gado, novidades em compra e venda de produtos agrícolas. Às vezes, nasciam bons negócios.

Nos antigos Kerb, havia três noites de baile, ou no mesmo salão, ou em salões próximos e diferentes. Numa das noites, era o baile dos casais; uma segunda noite, o baile dos jovens; na terceira noite, o baile de toda a família. Junto ao salão bailante, havia uma sala onde as mães podiam deixar os bebês, que lá dormiam, sempre sob os cuidados de alguma conhecida. As “babás” se revezavam. Estes bailes de Kerb proporcionavam os jovens conhecer outros jovens, de lugares mais distantes, início de muitos namoros e casamentos.

Como em cada linha colonial e povoado as festas de Kerb eram em datas diferentes, as famílias e amigos retribuíam as visitas e acampavam nas casas. Por isso, as moradias eram grandes, com quartos para hóspedes. Por muitas décadas, a hospitalidade era uma das virtudes e características de boa família.

Em Novo Paraíso, Estrela, os bailes de Kerb se faziam no Salão de Pedro Petter, como nos dias 21, 22 e 23-10-1928 - cf O Paladino, de 20-10-1928. Em Canabarro, Teutônia, as três alegres noitadas de “Kerb” eram no último fim de semana de janeiro, nos dias 26, 27 e 28 - cf O Paladino, 18-1-1941, com bailes no Salão de Guilherme Schneider Sobrinho. Na semana anterior, era festejado em Bom Retiro.

Em cada comunidade, a preparação do Kerb era feita em mutirão, para deixar a capela, a escola, o salão, o cemitério, seus respectivos pátios e caminhos, tudo limpo e asseado. As folhagens, galhos de coqueiro ou palmito, com bandeirolas coloridas, davam ares de festa. A missa ou o culto se revestia de caráter solene, com música e canto coral, tudo bem ensaiado, com muita antecedência. Depois da cerimônia religiosa, ao som da banda e rojões, iniciava-se a festa profana, muitas vezes com quermesse. Este verbete quermesse, pelo Aurelião. tem origem do flamengo (França e Bélgica) Kerkmesse, de raiz germânica: Kirche + Messe, ou seja, igreja + missa.

Os salões estavam enfeitados. No centro da pista, ao alto, estava o "Kerwekranz", a "Coroa do Kerb", de onde pendiam garrafas de cerveja e gravatas. Quem conseguisse arrancar uma gravata ou cerveja, tinha o direito de chamar a bandinha ao seu redor e pedir a execução de uma peça musical. Em compensação, cabia-lhe pagar uma rodada de cerveja ao seu grupo. Antigamente, nos sábados, não havia baile, pois o padre ou o pastor não queria as pessoas sonolentas na igreja, na manhã seguinte. As três noites de baile estavam destinadas, especificamente, para os jovens, os casais e uma noite para todos. Afinal, a maioria aproveitava as três noites. O baile iniciava logo, ao escurecer, e terminava lá pelas duas ou três horas da madrugada. Anos depois, iniciava mais tarde e terminava ao amanhecer.

Ao meio dia, o "Kerweessen" (Almoço de Kerb) era o que havia de melhor na casa. Os mais abusados já usavam a expressão Fresskerb para indicar abundância ou comilança. Mais tarde, o churrasco e a maionese de batata foram ganhando preferência. Serviam-se o Streusselkuchen (cuca), com Wurst (linguiça), Schweinebraten (assado de porco), galinha ao forno, Mehldoss (doce de farinha de trigo), Stergdoss (doce de polvilho), Schucrute, batata cozida em água, bolinhos de carne moída formavam o cardápio.

Tudo era regado à cerveja caseira ou Spritzbier, vinho de pipa e Sangerie, uma espécie de refrigerante caseiro, de vinho com água, para as crianças e mulheres. Os mais abastados tomavam cerveja e gasosa industrializadas.

À meia tarde, era servido à mesa o tradicional café colonial. Ofereciam-se em abundância as cucas, pão de trigo com linguiça, nata, manteiga e "Schmier", termo próprio da região, para significar o doce de frutas, feito com melado de cana. Muitas vezes, tinha também tortas e bolos.

 

Kerb em Estrela

O Kerb estrelense era vivamente festejado, sempre no fim de semana mais próximo do dia 13 de junho, dia de Santo Antônio, padroeiro de Estrela. Luiz Bennemann, por exemplo, convidava o público em geral para os bailes e festas no seu Salão Oriental, nos dias 14, 15 e 16 de junho de 1925, com boa mesa e bebidas de todas as qualidades.

A imprensa naturalmente não registraria costumes, tradições e "promoções" particulares, em dias de Kerb, na intimidade dos lares. Noticiavam, algumas vezes, a euforia da população, como O Paladino, de 24-6-1939, registrou com a manchete Os "Kerb" de Estrela. Iniciou no dia 10: Sábado à tarde, notava-se que todos estavam contaminados pelo entusiasmo para as noitadas, ansiosamente esperadas. O domingo veio cheio de sol e de alegria. Cedo, já se ouvia a algazarra da comissão improvisada de propaganda que, em um caminhão, percorria as ruas da nossa "pacata Estrela", dizendo a "todo mundo", que era chegado o dia do início da festa do nosso Padroeiro. Mais adiante: Antes da missa solene, na igreja matriz, o excelente conjunto musical do Sr. Walter Zimmermann, reuniu-se na Praça Benjamin Constant, dando uma retreta. A "amostra" agradou sobremodo a todos que assistiram à tocata. Após a missa, a referida orquestra, há dias "batizada" de "Jazz Bando Estrela", foi cumprimentar, na casa paroquial, o padre Reinaldo Juchem, vigário, o qual ofereceu doces e finos líquidos aos componentes do "Bando", bem como aos porta-bandeiras das Sociedades Santa Cecília, local e de Picada Delfina, e às suas guardas de honra.

Na vila de Cruzeiro do Sul, o Kerb era comemorado na segunda semana depois da Páscoa. Quem lembra o Kerb de São Miguel, de Linha Sítio é Vicente Kronbauer, no e-mail de 17-8-2011. Era festejado no primeiro fim de semana depois de 29 de setembro, dia de São Miguel. Iniciava com a missa solene. A festa comunitária era no salão grande, de madeira, com pista de dança no centro, ladeada com estrado mais alto e protegida por corrimão, onde ficavam as mesas, a copa, o quarto das gurias (para retocar pinturas e repentear). Num canto do salão, logo à esquerda da entrada, estava o palco dos músicos. No salão não faltavam as Gildas para serem arrancadas e cada Gilda arrancada precisava pagar uma determinada quantia de cervejas.

Em várias localidades, também havia a tradição de se comemorar o Nach-Kerb, que consistia numa noite de baile, após as festas de Kerb. Em Estrela, por exemplo, um mês depois dos Kerb de 14, 15 e 16-6-1930, em 12 de julho, realizou-se o Nach-Kerb na SOGES, promovido por um grupo de rapazes de nossa melhor sociedade - cf O Paladino, de 19-7-1930, animado pelo Batuque-Jazz, a orquestra de Dalton Lima, de Lajeado.

Nair Dupont, autora do livro PAVERAMA Ontem e Hoje, confirma a semelhança das festas de Kerb no Vale. No baile das “damas”, a moça tinha o direito de escolher o rapaz para dançar. Lembra que as bandas que animavam os Kerb e os bailes de Paverama eram o “Jazz Flor do Sul” e o “Jazz Flor de Maio” do local.

O Kerb de Paverama ocorre sempre no primeiro domingo do mês de fevereiro. Na terça-feira, o Grupo da Melhor da Idade promove o “Baile da Saudade”, convidando diversos grupos da região e do estado.

Algumas comunidades interioranas ainda comemoram Nach Kerb o que se poderia traduzir como pós-Kerb, no máximo um mês depois, com apenas um baile.

 

José Alfredo Schierholt

Acadêmico da ALIVAT | titular da Cadeira nº 5