quarta-feira, 30 de junho de 2021
UTI Pediátrica
Lajeado e o Vale do Taquari foram surpreendidos, nesta terça-feira, 29/06, com o fechamento da UTI Pediátrica do Hospital Bruno Born. O setor está há 30 anos prestando atendimento a região. Segundo a direção da instituição, a exigência do Ministério da Saúde, em separar as Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, e a falta de profissionais especializados, levaram a tomada dessa decisão. A UTI Pediátrica atende bebês de 29 dias até crianças com 13 anos de idade. A UTI Neonatal, que atende recém-nascidos de até 28 dias, segue com suas atividades normalmente.
Criminalidade em Lajeado
Gabinete de Gestão Integrada
apresenta novos índices
Nesta terça-feira, 29/06, o Gabinete de Gestão
Integrada (GGI) apresentou novos dados sobre os índices de criminalidade no
município, durante reunião na prefeitura de Lajeado. O momento contou com a
presença de representantes de diversos órgãos de segurança de Lajeado e
participação da imprensa. Segundo os dados, houve diminuição nos índices de
criminalidade no município em comparação com o mesmo período de anos
anteriores. A análise integra uma das frentes de trabalho do Pacto Lajeado Pela
Paz.
Secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli apresentou os dados |
Participaram da reunião representantes da Delegacia de Polícia, do Ministério Público, do Instituto Cidade Segura, do Corpo de Bombeiros de Lajeado, da Polícia Rodoviária Federal, do Presídio Estadual de Lajeado, da Defesa Civil, da Brigada Militar, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Lajeado, da Delegacia da Mulher, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro) e do Instituto Ipê-Amarelo.
Representando o poder executivo, estiveram
presentes os titulares das Secretarias de Segurança Pública, Paulo Locatelli;
da Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), Carlos Reckziegel; do Desenvolvimento
Social (SMDS), Céci Maria Gerlach; do Desenvolvimento Econômico, Turismo e
Agricultura (SEDETAG), André Bücker, bem como o ouvidor do município, Ildo
Salvi, e o coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner.
Na reunião, que foi mediada pelo secretário da Segurança Pública, Paulo Locatelli, foram apresentados dados atualizados dos índices de criminalidade de Lajeado. Um dos crimes com maior redução foi o de homicídios dolosos, que, de janeiro a maio de 2021, registrou uma redução de 66,6% no número de ocorrências em comparação ao mesmo período de 2020.
Outra queda significativa no número de ocorrências foi no crime de roubo a pedestres, que de janeiro a maio de 2021 apresentou 60% de ocorrências a menos do que no mesmo período em 2020.
- Os dados apresentados pelo GGI são provenientes dos próprios órgãos de segurança. A função do GGI é tabular esses dados, que são enviados de volta aos órgãos responsáveis para que possamos, de forma estratégica, prevenir essas ações. E este trabalho tem dado certo. A cidade de Lajeado vem apresentando reduções históricas de violência, com quedas ainda mais expressivas do que a média das demais cidades do Estado. A união faz a força, e todos os órgãos do GGI estão envolvidos neste resultado - contou Locatelli.
Ao final da reunião, os titulares da SECEL, Carlos Reckziegel, e da SMDS, Céci Maria Gerlach, apresentaram as ações desenvolvidas pelas respectivas secretarias municipais, que auxiliam na prevenção à criminalidade, como é o caso dos projetos esportivos, que oferecem atividades esportivas para crianças e adolescentes no contra turno escolar.
Agrotóxicos
AL aprova projeto que
trata do controle no Estado
A Assembleia Legislativa do Estado aprovou ontem, 29/06, o Projeto de Lei nº 260/2020, encaminhado pelo Governo do Estado, que trata do controle de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. No ano passado, a proposta recebeu regime de urgência e passou a trancar a pauta.“Entendo que a alteração desta lei é um retrocesso ambiental e social. Mudar a lei significa liberar mais veneno e colocar em risco a segurança alimentar e a saúde da população”, coloca o jornalista e vereador Deolí Gräff.
O projeto altera a regra sobre restrições ao ingresso no Estado de produto agrotóxico importado. Atualmente, o produto só pode ser adquirido se o uso for autorizado no país de origem, trecho que, pela proposta, foi suprimido. Na justificativa do texto, consta que a atual lei faz com que o setor produtivo do agronegócio não tenha “acesso a melhor tecnologia e aos avanços produtivos daí derivados”.
“Mesmo com mais tecnologia, o agrotóxico continuará sendo veneno”, reforça Gräff.
No Brasil, o setor agro utiliza o equivalente e 7,6 litros por pessoa. Um número absurdo. O Rio Grande do Sul, como celeiro em produção de alimentos, deve buscar mais opções na produção de alimentos limpos, livres de agrotóxicos. “Usar a tecnologia a favor da produção e não a favor dos agrotóxicos”.
O ex-deputado Antenor Ferrari (MDB), que foi o autor da lei estadual de 1982, trata da legislação do uso de agrotóxicos.
Família Jaeger
Falece Dóris Jaeger
Dóris Jaeger faleceu dia 28/05, aos 89 anos de idade. Seu sepultamento foi no Cemitério Evangélico do Centro de Lajeado.
Dóris era filha de Alfredo Jaeger e Carolina Paulina Fett Jaeger. O casal teve quatro filhos: Alda, professora de piano; Waldo, bancário; Sônia, professora e Dóris professora e orientadora educacional. Ela foi a última integrante da família a falecer. A família residia na casa situada na esquina das Ruas Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros.
Da imprensa
Rádio Independente inaugura
novo estúdio multimídia
Nesta segunda-feira, 28/06, foi inaugurado o novo estúdio da Rádio Independente, batizado de Lauro Mathias Müller — nome do fundador da empresa e ícone da comunicação regional. Completamente remodelada, a estrutura foi adequada a nova realidade do meio rádio, proporcionando mais qualidade e melhor entrega em áudio e imagens. Diversas câmeras de última geração, iluminação própria para a transmissão em vídeo e um novo layout são os destaques da estrutura.
Diretor da Rádio, Ricardo Brunetto e prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo
Novo estúdio foi inaugurado na segunda-feira, 28/06
“Entendemos que para
continuar com nossa trajetória bonita e vitoriosa de 70 anos, necessariamente,
precisaríamos inovar”, enaltece o diretor do Grupo Independente Ricardo
Brunetto. Além do estúdio pensado para o digital, a Rádio Independente teve
aumento de sua potência no canal FM 91,7. “A rádio, na Classe A1, se torna uma
das mais potentes do interior do Rio Grande do Sul.”
Para o prefeito de
Lajeado, Marcelo Caumo o maior patrimônio que o Grupo Independente construiu,
ao longo da sua história, é a sua credibilidade. “A abrangência da sua
credibilidade, em mais locais e de forma simultânea, traz um reflexo para o
Grupo, para o Vale do Taquari e, especialmente, para Lajeado”, destaca prefeito.
Diretor da Rádio, Ricardo Brunetto e prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo
Novo estúdio foi inaugurado na segunda-feira, 28/06
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Mais segurança para crianças
Vereadores querem fechamento
de rua para beneficiar Slan
O vereador Lorival
Ewerling dos Santos Silveira é autor, junto com outros 11 vereadores, de
requerimento que pede ao Poder Executivo, o fechamento da Rua sem denominação, localizada
nos fundos do prédio da Slan, no centro de Lajeado. A proposta é integrar a
área da rua no pátio da Slan, que recebeu em doação a antiga área do CTG Bento
Gonçalves. Para facilitar o uso deste espaço é necessário o fechamento da via
pública para facilitar a circulação das crianças que frequentam a instituição. Esse
ajuste unificaria as duas áreas.
A unificação
das duas áreas facilitará o desenvolvimento de projetos e atividades com os
alunos. “Consideramos importante oferecer segurança para as crianças matriculadas
na Slan”, justificou Silveira. Ele observa que nesta rua, que tem extensão de
apenas uma quadra e tem baixo fluxo de veículos e existem alternativas de
outras vias nas proximidades para quem precisa se deslocar por aquela área da
cidade.
A
proposição de Lorival Silveira conta com o apoio dos vereadores Deolí Gräff,
Heitor Luiz Hoppe, Éderson Fernando Spohr, Antônio Marcos Schefer, Mozart
Pereira Lopes, Ana Rita da Silva Azambuja, Carlos Eduardo Ranzi, Paula Thomas,
Jones Barbosa da Silva, Sérgio Luiz Kniphoff e Adriano Rosa dos Santos.
Para o vereador
Deolí Gräff, “o fechamento desta rua se faz necessário para oferecer segurança
e melhor espaço para a circulação das crianças, professores e familiares da
Slan”. Ele salientou que “a rua é tão insignificante que nem nome tem”. Por ser
muito curta, e estar situada em local inundável nas enchentes do Rio Taquari,
não possui nenhum morador.
Semana Farroupilha
Lajeado deverá ter evento em 2021
A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) começa
a pensar, com cautela, no retorno dos eventos, paralisados em função da
pandemia de coronavírus. O prefeito Marcelo Caumo, em entrevista à Rádio
Independente, disse que a Secel deverá dar início à organização dos eventos,
entre os quais citou a Semana Farroupilha.
O prefeito lembrou a última edição, em 2019, foi
um grande sucesso. O evento deverá ser realizado novamente no Parque dos Dick,
no centro da cidade, com o Acampamento Farroupilha. Ele reforça que a edição
deste ano não será no tamanho das edições anteriores, porque deverão ser
observados todos os cuidados em relação a pandemia. Os protocolos necessários ao
evento ainda estão em estudo.
Religiosidade
Designado novo pároco para Capitão
O bispo dom Aloísio Dilli, da Diocese de Santa
Cruz do Sul, designou como novo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de
Capitão, o padre Jean Mara Lafortune. Ele ocupa o lugar do padre Silvério Schneiders, que
faleceu no dia 09/06. Pe. Jean é o atual Vigário Paroquial de Candelária. A
posse dele deverá ocorrer no primeiro final de semana de julho, com horário a
ser definido.
“Ao padre Jean desejamos fecundo exercício do
ministério em Capitão e aos padres da comarca pedimos fraterna acolhida ao novo
colega”, escreveu dom Aloísio no texto de nomeação. “Ao povo de Capitão,
enquanto lhe agradecemos pelo extremo cuidado que teve com o Pe. Silvério,
expressamos a nossa estima e consideração e lhe pedimos que tenha a mesma
acolhida ao padre que está chegando”.
“Ao padre Jean, dizemos: ame o povo que te está
sendo confiado e procure atendê-lo com a dedicação de Cristo, o Bom Pastor”,
recomenda o bispo.
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Postes de energia elétrica
Prefeitura de Lajeado e distribuidoras discutem formas da retirada de fiação obsoleta
O excesso de fiação em postes de energia elétrica de Lajeado foi pauta de conversa entre Prefeitura, Certel Energia e RGE, distribuidoras de energia elétrica atuantes na cidade, no dia 21/06. Os órgãos estudam maneiras para diminuir a poluição visual dos postes, bem como regularizar a fiação que é compartilhada entre serviços de energia elétrica e de telecomunicações.
Reunião ocorreu no gabinete do prefeito Marcelo Caumo |
As distribuidoras de energia recebem a concessão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a utilização dos postes e podem ceder espaço para as empresas de telecomunicação, que apresentarem projetos, utilizarem os postes de energia. Durante o encontro, o grupo discutiu formas de melhorar a organização dos fios nas estruturas, que são compartilhadas com diversas empresas, como de internet e televisão a cabo, o que tem acarretado em uma quantidade excessiva de fios e cabos.
O próximo passo será a convocação das empresas regularizadas com a RGE e Certel para uma reunião com o Ministério Público e, mais tarde, será realizada uma audiência pública com todas as empresas que ocupam os postes da rede elétrica. Posteriormente, a ideia é estipular um prazo para que as empresas possam identificar e regularizar a sua fiação. Caso não seja regularizada a situação, será iniciado o processo de retirada dos fios, tanto ativos como os inativos.
Da imprensa
10 anos de Tropical FM
Rangel Felipe Huppes (foto) está comemorando 10 anos de Tropical FM 103,7. Com sua voz marcante e alegre ele conquistou espaço e audiência. Muita dedicação e profissionalismo. Parabéns.
24ª RT
Frente Parlamentar dos Vereadores
pela Tradição
marca encontro presencial
A Frente Parlamentar
dos Vereadores pela Tradição (FREPAVT), criada em março deste ano pelo MTG,
conta com 75 participantes representando municípios de todas as regiões do
Estado. O representante da 24ª Região Tradicionalista é o jornalista e vereador
Deolí Gräff (foto). A entidade realizou reunião virtual dia 23/06, coordenada pelo
vereador de Farroupilha, Tiago Ilha. Diversos assuntos relacionados ao
tradicionalismo gaúcho foram debatidos durante o encontro.
Um assunto amplamente
debatido na reunião foi sobre a realização da Semana Farroupilha. Tiago Ilha
sugeriu que dentro da programação dos festejos farroupilhas seja promovida
reunião presencial dos vereadores da Frente em local a ser definido. Ele disse
que o encontro terá um significado especial porque também marcará o ano da
criação da Frente Parlamentar.
A próxima reunião do
grupo, marcada para o dia 07/07, às 18h, será toda destinada para debater a
programação alusiva a Semana Farroupilha.
Personagem da História
Victorino Chisini
Victorino Chisini nasceu em 24/08/1925, em Garibaldi, filho de Fortunato Chisini (1875, Garibaldi) e Ângela Sabadin (30/10/1875 Marostica, Vicenza, Veneto, Itália).Fez o primário em Contabilidade no Colégio Santo Antônio de Garibaldi. Prestes a completar 20 anos, em 10/01/1945, casou-se em Garibaldi com Hilda Maria Lorenzi (filha de José Lorenzi e Catarina Lorenzi), com quem teve as filhas Josênia Marisa e Janete Marlise.
Em 1951, a razão social passou a ser Chisini & Cia. Ltda., onde Victorino tinha 80% do capital. Com vertiginoso crescimento no comércio de cereais, importação e exportação, associou-se em 1953 à empresa Irmãos Bortolini, passando a operar no ramo de Moinho de trigo e milho.
Chisini fez parte da diretoria do Grupo Imec |
Em 1955 a empresa expandiu, sendo transformada em Sociedade
Anônima, com o nome de Importadora e Exportadora de Cereais S.A - IMEC, da qual
participou com capital inicial de Cr$10 milhões, detendo 33%. Foi eleito
presidente da empresa até 1970. A primeira unidade do supermercado foi fundada
em 1960, em Lajeado.
Em 31/03/1965, o Jornal Diário de Notícias lança matéria
informando “Diário de Notícias visita instalações dessa poderosa organização
comercial e industrial do Alto taquari que muito tem contribuído para o
desenvolvimento da região.”, destacando que tratava-se naquela época de “uma
das firmas do Alto Taquari que mais adquire cereais produzidos na região,
exportando, posteriormente, para os grandes centros consumidores do País”. Cita
ainda a matéria que houve por parte da IMEC à época, instalação da indústria de
farinha de mandioca, que veio a despertar maior interesse na região quanto ao
plantio da mandioca, demonstrando o progresso que a empresa então capitaneada
pelo senhor Chisini proporcionou ao Alto Taquari.
Participou ativamente na vida comunitária e social, tendo
sido sócio fundador do Lions Clube e várias entidades e associações,
destacadamente da Saidan, em cuja construção foi diretor de obras.
Em sinal de reconhecimento, em outubro de 1971 foi lhe
conferido o título raro de Comendador da Legião de Honra Marechal Rondon, pelo
governo federal.
Faleceu em uma segunda-feira, às 17h30mim do dia 03 de
setembro de 2007 no Hospital Bruno Born, atestado pelo médico Aldo
Pricladnitzki, que atestou a morte natural por parada cardiorrespiratória, aos
82 anos. Foi sepultado no município de Garibaldi.
O vereador Carlos Eduardo Ranzi apresentou em maio de 2021, e foi aprovado por unanimidade, o projeto de lei para denominar de Rua Victorino Chisini as Ruas G, F12 e F, localizada no Loteamento Probairro II, Residencial Althaus e Baviera, no Bairro São Bento.
Tradicionalismo
MTG comemora os 60 anos da
Carta de Princípios
O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) divulgou orientações para os trabalhos que serão desenvolvidos para celebrar os 60 anos da Carta de Princípios. As comemorações oficiais acontecerão de 19 a 25 de julho, com a realização de uma série de atividades, envolvendo todas as esferas e departamentos do MTG, como o 2º Fórum Tradicionalista e o Seminário de Cultura e Integração.A Carta de Princípios é o documento norteador de todas as iniciativas e os valores cultuados no MTG através das regiões tradicionalistas e das entidades filiadas. Foi elaborada por Glaucus Saraiva e aprovada em 1961, durante o 8º Congresso Tradicionalista, que foi realizado de 20 a 23 de julho, no CTG “O Fogão Gaúcho”, em Taquara (RS).
quarta-feira, 23 de junho de 2021
Prefeitura cede prédio do DML para IGP
Obra foi realizada, em forma de mutirão,
pelo Lions Club Florestal
Na sessão da Câmara de Vereadores, de terça-feira (22/06), o vereador Deolí Gräff fez um reconhecimento público ao Lions Club Lajeado Florestal, através da presença do ex-presidente Roberto Ruschel, em virtude do Projeto de lei 045/2021, que autoriza o Poder Executivo a conceder o direito real de uso do prédio do Departamento Médico Legal (DML) para o Instituto Geral de Perícias (IGP).
O Lions liderou a construção do prédio do DML. Foi uma obra de muitas mãos e quem esteve à frente da Comissão de Construção foi o ex-presidente do Lions Florestal Roberto Ruschel. Além dele, o vereador destacou Guinther Prediger, Ditmar Kirsch, o Girico e o pai dele, Frederico Luiz Kirsch, o Lulu e tantos outros.
A obra iniciou em maio de 1988, há 33 anos, quando Erni Petry era prefeito de Lajeado e foi concluída em 18 de agosto do ano seguinte, quando o prédio foi entregue ao prefeito da época, Cláudio Pedro Schumacher.
A construção exigiu investimento de 2 milhões e duzentos mil cruzados. O prédio tem um total de 87m2. A Administração Municipal destinou verba de 800 mil cruzados para a mão de obra e a outra parte de 1 milhão e quatrocentos mil cruzados, foram angariados pelo Lions Florestal através de diversas ações e uma delas foi a Campanha Pedágio no Ar, com apoio da Rádio Independente e da antiga CRT.
Conforme relatou Roberto Ruschel, “a realização da obra foi regional, vários municípios do Vale do Taquari contribuíram para viabilizar a construção. Também contou com o apoio de entidades como a CDL, Acil, Câmara Júnior, a atual JCI, O Rotary Club e também o Lions Lajeado Centro”.
Cabe aqui um reconhecimento à dedicação do saudoso diretor da Independente Lauro Mathias Müller e ao jornal O Informativo, na pessoa do saudoso Oswaldo Carlos van Leuween, que deram integral apoio ao projeto.
O prédio foi viabilizado por um grande mutirão regional e os equipamentos e mobiliário foram conseguidos junto ao Governo do Estado, pelo governador da época, Pedro Simon, em uma audiência no Palácio Piratini. A comitiva de Lajeado foi liderada por Norberto Scheer, presidente da Comissão Municipal de Acompanhamento dos Serviços Públicos Estaduais (COMASPE), com o presidente da comissão de obras Roberto Ruschel e demais lideranças do município.
Para Gräff, “este gesto do Lions Florestal deve servir de exemplo e de incentivo para acreditar que existem pessoas que praticam o voluntariado. Na realização desta obra os sócios do Lions Florestal colocaram em prática o lema do Lions: Nós servimos.”
Esta obra em questão tem servido para situações em que nenhum de nós deseja estar, da qual não estamos livres. Além do reconhecimento, nossa gratidão ao Lions Clube Florestal, finaliza Gräff.
Lions Club Florestal
Pizza da solidariedade
Conforme Ilvo Poersch foram vendidos mais de duas mil pizzas em um grande envolvimento com toda comunidade de Lajeado. A retirada das pizzas será no sábado, a partir das 10h, no sistema drive thru em frente a SLAN. No mesmo dia das retiradas, estará acontecendo o recebimento de roupas, calçados, brinquedos, eletrodomésticos, louças, utensílios em bom estado, móveis, colchões, travesseiros, roupas de cama, mesa e banho que serão utilizados para o bazar solidário da Slan.
Toda esta atividade do Lions Florestal é em benefício das mais de 640 crianças e adolescentes matriculados nos três centros de atendimento da Slan.
“Uma iniciativa louvável, digna de efusivos aplausos”, completa o jornalista e vereador Deolí Gräff.
Inovação
Prefeitura dá
início a processo de elaboração
de edital para PPP de iluminação pública
A Prefeitura de Lajeado deu o
primeiro passo na segunda-feira (21/06), para o processo da Parceria
Público-Privada (PPP) de iluminação pública do município. Em reunião do Conselho
Gestor do Programa de PPP, a Prefeitura apresentou o interesse do município em
iniciar a elaboração do edital de chamamento para a Proposta de Manifestação de
Interesse, que receberá propostas para posterior definição do projeto que será
licitado. Após integrantes do governo terem
participado de eventos que tratam de cidades inteligentes, o município foi
procurado por uma empresa, a multinacional italiana Enel X, em razão do
interesse da empresa em investir na cidade. A empresa então apresentou
uma Manifestação de Interesse Privado (MIP) para o desenvolvimento de um
projeto de iluminação pública e cidades inteligentes. O MIP é um documento elaborado
por uma empresa privada que manifesta o seu interesse em oferecer a um governo
um serviço que seja de interesse público. Agora, a decisão é publicar um edital
de chamamento para abrir a possibilidade de outras empresas participarem com
ideias de soluções para a iluminação, além de outras alternativas
tecnológicas. A PPP da Iluminação Pública buscará
viabilizar, através de uma concessão administrativa, a modernização, otimização
e eficientização energética da rede de iluminação pública. Além disso, deverá
contemplar também a expansão, manutenção, reestruturação e gestão da rede, além
de ações que possibilitem a implementação de soluções inovadoras em busca de
uma cidade mais moderna e tecnológica visando melhor a qualidade de vida da
população. “Fazer uma PPP para a iluminação
pública estava já no nosso Plano de Governo. É uma ação que estávamos avaliando
desde 2018 e que, no atual cenário, vemos um ambiente mais propício para que
essa solução avance. Entendemos que esta é a melhor forma de qualificar este
serviço, otimizando a aplicação dos recursos públicos e entregando melhores
serviços à população. E, a partir da MIP, vamos agora dar início a um processo
mais amplo de escolha do modelo de projeto que melhor responda às nossas
necessidades e à nossa capacidade econômico-financeira e, depois, fazer a
licitação para definir quem executará este projeto. Queremos com isso permitir
a participação de mais empresas para chegarmos à melhor solução em
custo-benefício”, explicou o prefeito, Marcelo Caumo. O jornalista e vereador
Deolí Gräff considera positiva essa parceria público-privada, uma vez que vem
para solucionar um problema gravíssimo na cidade. “A iluminação pública é uma
necessidade urgente, pois também trata-se da segurança para as pessoas. A
terceirização da iluminação pública vai tornar o serviço mais eficiente e
melhor para todos”, completa Gräff. O passo a passo do projeto da PPP de
iluminação pública - A empresa Enel X apresentou uma MIP
(Manifestação de Interesse Privado) à administração municipal focada no
desenvolvimento de um projeto de iluminação pública inteligente. Em âmbito
federal, o Decreto Federal n.º 8.428, de 02 de abril de 2015, apesar
de não tratar especificadamente da MIP, reconhece sua existência e
possibilidade de utilização em seu art. 4ª, § 7º, ao esclarecer as condições a
serem obedecidas pela Administração, quando do recebimento da MIP e posterior
lançamento do Edital de PMI. Ou seja, a legislação permite que qualquer
empresa privada possa fazer este tipo de proposta a um ente público para a
execução de algum projeto de interesse público. - A proposta de realização da PMI foi
apresentada, em reunião na tarde desta segunda-feira, ao Conselho Gestor
do Programa PPP, criado pela lei municipal 10.606/2018 e formado
por representantes das secretarias da Fazenda, Planejamento, Urbanismo e
Mobilidade, de Obras e Serviços Públicos, Procuradoria e da Seavat (Sociedade
dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari). - A partir do recebimento da MIP, a
administração municipal dará início à elaboração do chamado Procedimento de
Manifestação de Interesse (PMI), que inicia com um edital de chamamento público
pelo qual outras empresas podem apresentar suas próprias ideias para um projeto
de iluminação pública inteligente. Isso significa que, mesmo que a empresa Enel
X tenha apresentado a ideia inicial, outras empresas poderão participar do
processo, apresentando seus próprios projetos e propostas de soluções. - O edital a ser elaborado deverá
apresentar quais ações o município deseja executar na PPP. Uma vez
publicado, empresas interessadas apresentarão suas ideias para resolver as
necessidades apresentadas pelo município. A ideia mais adequada será escolhida
(por uma comissão técnica criada especificamente para este fim) e o projeto
passará a ser desenvolvido no prazo previsto pelo edital. Importante salientar
que nesta etapa trata-se de elaboração do projeto, não
da execução. A elaboração deste projeto não tem custo para o município. - Uma vez selecionado o projeto a ser
executado, posteriormente será publicado um edital de licitação para escolher a
empresa que, então, executará o projeto de PPP (Parceria Público-Privada). Como
o nome indica, é um projeto no qual a empresa faz investimentos para melhoria
do serviço público previsto no projeto e o município paga o serviço prestado de
acordo com um cronograma de longo prazo previsto no edital.
Personagem da história
Biografia de Adelar Straatmann
Adelar Straatmann
nasceu em Estrela/RS, em 10 de janeiro de 1922. É Filho de João Affonso
Straatmann e Elvira Luiza Drësch Straatmann. Aos dois anos de idade mudou-se,
com a família, para Lajeado.
Fez seus estudos no
Instituto De Ensino Comercial do Colégio São José, concomitante, com o Ensino Propedêutico,
recebendo seu diploma de Guarda Livros em 16 de dezembro de 1936. Aos catorze
anos de idade foi para Santa Cruz do Sul, fazer seu curso superior, no Liceu
Comercial São Luiz, recebendo título de Contador.
Voltando a Lajeado, foi
trabalhar no antigo Banco Pheifer, que deu origem ao atual Banco Santander. Em
meados de 1940, quando seu pai associou-se a Hugo Oscar Spohr, na agência da Ford,
com o nome de Spohr & Straatmann Cia Ltda, Adelar foi chamado, pelo seu
genitor, para assumir como contador da referida empresa.
Fez seu serviço
militar, no Tiro de Guerra 236, de Lajeado, em 1939, ano que começou a Segunda
Guerra Mundial. Tornou-se então reservista do Exército Brasileiro e, se o
Brasil entrasse na guerra, o que correu em 1942, poderia ser convocado para o
front. Se tal fato ocorresse, deveria se apresentar na guarnição militar de
Caxias do Sul. Felizmente esse fato não ocorreu.
Adelar também foi
membro do Lions Clube do Centro, onde, por vários anos, foi secretário.
Em 1967, foi criada a
Junta da Justiça do Trabalho. O primeiro juiz, Dr. José Luiz Guimarães Falcão
convocou Adelar para suplente de vogal dos empregadores, o que foi
oficializado, pelo Diário Oficial de 22 de maio de 1967, cargo que ocupou de
1967 a 1979. Por inúmeras vezes, foi convocado pela Justiça para atuar como
perito contador, em processos de várias empresas.
Presidiu a ACIL de 22
de outubro de 1962 a 27 de outubro de 1963. Foi também, presidente do Clube
Esportivo Lajeadense, nos períodos de 1948, 1949 e 1954. Nos anos de 1952, 1953
e 1954, lecionou contabilidade no Colégio Marista São José, atual E.E.
Presidente Castelo Branco.
Na época em que a
votação para cargos eleitorais, federais e municipais, era feita com cédulas de
papel e a contagem era manual, Adelar foi convocado, pela Justiça Eleitoral,
inúmeras vezes, como Secretário Geral das Apurações.
Ao aposentar-se na sua empresa,
na qual foi Diretor Presidente, os sócios Chessini e irmãos Bortolini, fundadores
da Rede IMEC de supermercados, convidaram Adelar para fazer parte da empresa, como
fiscal de contabilidade de seus mercados, que funcionavam, somente em Lajeado,
Santa Cruz do Sul e Rio Pardo.
Casou-se em 29 de maio
de 1942, com Yára Christ Straatmann, filha de Lothar Felipe Christ e Eugênia
Mello Christ. Tiveram quatro filhas, as professoras Maria Lucia, Silvia, Ângela
Maria e Maria Luísa.
Faleceu aos 67 anos,
vítima de câncer, em 30 de setembro de 1989, em Lajeado. Descansa no Cemitério
Evangélico do Centro, em Lajeado.
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Ação Social
CTG Bento Gonçalves
promove atividade social
Galpão do CTG Bento Gonçalves |
No dia 10 de julho o CTG Bento Gonçalves vai realizar evento social com o objetivo de angariar fundos para manter suas atividades. A iniciativa consiste na venda de cartões de meio frango com polenta e salada ao preço de R$ 25,00. A retirada será dia 10/07 nas dependências do galpão do CTG, a partir das 11h30min.
A patroa Marilda Oliveira, salienta que os frangos serão
assados por membros do CTG. Ela observa que a receita será investida nas na manutenção
das atividades culturais e tradicionalistas.
A atividade é alusiva aos 67 anos de fundação do CTG
comemorado dia 12/07.
Da imprensa
Marcelo Cardoso retorna ao esporte
da Rádio Independente
Gilberto Jasper
Jornalista
Gente que faz a vida valer a pena
Nestes
tempos bicudos, viver uma experiência solidária é um bálsamo que consola as
nossas dores. No ano passado comprei um par de alpargatas de couro pela
internet. O calçado, fabricado na região metropolitana e preço justo, chegou no
prazo prometido. Na hora de usar, porém, a decepção: bem no meio da palmilha
havia uma saliência semelhante à cabeça de um prego ou de uma tachinha.
Teimoso como bom descendente
germânico tentei usar, sem sucesso, devido ao desconforto. O calombo, mesmo
pequeno, quase imperceptível, incomodava muito na hora de caminhar. Resignado,
deixei o par jogado no fundo do armário. O recrudescimento do frio, porém,
motivou a busca de uma solução.
Depois de localizar pela
internet uma loja de palminhas fui até o centro de Porto Alegre para conferir o
produto. Saquei a alpargata da mochila para que uma gentil senhora examinasse.
Em seguida ela buscou uma palmilha de silicone na vitrine. Depois de examinar a
situação avisou:
- Eu até posso vender o produto,
que custa 60 reais, mas vai durar poucos dias e rasgar – explicou, sob a
anuência de um colega balconista.
Eles sugeriram que procurasse um
sapateiro. Lembrei um profissional perto da minha casa, onde fui substituir a
correia de couro da mateira recentemente. A mulher da sapataria me reconheceu,
perguntou qual era o problema. Depois de examinar o calçado sugeriu:
- O senhor não quer dar uma
volta ou esperar aqui mesmo porque isso aqui a gente resolve logo! - disparou.
Aceitei a sugestão. Fui ao
supermercado da esquina. Em 15 minutos retornei à loja de consertos onde a
mulher me esperava com um sorriso.
-
Não era prego, senhor... nem uma tachina. Era um pingo de cola que endureceu.
Foi só passar uma lixa que ficou
perfeito! – detalhou.
Ato seguinte, perguntei o custo
do reparo:
- Mas bem capaz! Foi só passar
uma lixa fina. Não teve gasto algum. É cortesia da casa! – afirmou.
Agradeci três vezes! No trajeto
até o carro pensei nas duas lições daquela quarta-feira. Primeiro: apesar da
proliferação de golpes de todo tipo, principalmente pelo whatapp, ainda existe
muita gente honesta, gentil e trabalhadora.
Mas, por outro lado, refleti:
que tempos absurdos vivemos onde um serviço é bem feito (e grátis) ou é
recusado por impossibilidade de resolver um problema, evitando uma despesa
desnecessária. Ser honesto e sincero, atributos antigamente normais, hoje são
motivos de comemoração e surpresa.
História
Antigos Kerb no Vale do Taquari
Em 31 de julho de 2013, na Igreja Matriz de Santo Inácio de Lajeado foi lembrado o 132º aniversário da instalação da Paróquia, ocorrida em 1881. Por várias décadas, festejava-se o Kerb. Hoje, restou o Almoço de Kerb, em 4-8-2013. Aliás, desde 1824, de largo uso no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, dicionários ainda não registram o termo Kerb.
Onde encontrar documentados os mais antigos Kerb na região?
Em meu Laboratório
de Pesquisa tenho encadernado alguns exemplares do primeiro jornal de
Lajeado, O Alto Taquary. Na edição de 8-1-1905, p. 3, há menção do
Kerb de São Caetano, em Arroio do Meio, promovido por Krambunho, apelido de
Filipe Scherer Sobrinho. Há menção de Kerb em Arroio Alegre, em 30-1-1905,
promovido por J. Hamester.
Em Encantado,
quando segundo distrito de Lajeado, o empresário comercial João Ferri ampliou
sua casa comercial para instalar um salão festas e bailes. Entre os eventos,
destacava-se o Kerb no Encantado, como em 29-6-1905 – cf o mesmo
jornal, de 25-6-1905. Nas edições seguintes, há outras festas de Kerb.
Até onde a memória
alcança, em Lajeado sempre foram festejados os Kerb. Encontramos
no jornal A Semana, de 17-7-1933, a notícia de que a
Paróquia de S. Inácio de Loiola, desta vila, comemorará mais uma festa do seu
padroeiro a 6 de agosto próximo vindouro, reinando para esta tradicional festa
bastante animação. O C. S. Lajeadense que realizará os Kerbs nos dias 6, 7 e 8
está tomando providências para revesti-los da maior animação. A Sociedade
Ginástica local, por motivos de força maior, irá levar a efeito os seus “Kerbs”
em as noites de 30 e 31 do corrente.
No decorrer das
décadas, diminuíram-se seus dias de festa, reduziram sua importância ou alteraram
sua forma de comemorar. Em 2011, o Kerb de Santo Inácio foi
preparado por um tríduo ou três noites de orações. O Kerb é um evento
tradicional da paróquia, que une espiritualidade e o social –
enfatizou o pároco, padre Antônio Puhl. Nas homilias das missas, foi
homenageado o padroeiro Santo Inácio de Loyola. Foi rememorado seu fundador,
Antônio Fialho de Vargas. Ao meio dia, foi servido o almoço comunitário no
Ginásio Centenário, lotado de povo.
Kerb dos
Evangélicos
Os festejos de Kerb entre o povo evangélico luterano, especialmente alemão, tem por origem a alegria pela inauguração de seu templo. Portanto, o Kerb é o dia do aniversário da inauguração do templo. Antigamente eram festejados três dias, especialmente na colônia, quando se recebia a visita dos parentes e amigos de outras comunidades.
Os Kerb iniciavam
com um culto solene. Após o culto, a orquestra aguardava os fiéis à frente da
porta do templo. Ao bater do sino, estouravam-se foguetes e a orquestra
iniciava a tocar, conduzindo pastor e fiéis ao salão, onde, para muitos, a
festa tinha continuidade até ao amanhecer do dia seguinte.
Em casa,
normalmente as visitas eram recebidas com churrasco, regado à cerveja, e gasosa
para as mulheres e crianças. Após o almoço havia sobremesa. O sagu não podia
faltar.
À tarde, as
mulheres serviam tortas aos presentes. Lembro-me que, em tempo de
criança, meus pais certa vez receberam, de improviso, a visita de amigos e
parentes vindo de ônibus. Por sorte havia um açougue próximo e ainda aberto,
onde papai buscou quilos de carne e carvão para assar. Todos saíram satisfeitos
e alegres.
À noite,
havia os famosos bailes de Kerb com a famosa gilda, vestida de mulher,
pendurada no alto e no meio do salão. Quem arrancava a gilda durante a dança,
era convidado a pagar uma rodada de cerveja para os amigos. Normalmente, o
baile iniciava com a dança da polonaise. Todos eram convidados a participar e a
expressar a sua alegria.
Hoje, muitas
comunidades evangélicas não comemoram mais o dia da inauguração de seu templo.
A palavra Kerb passa a ser esquecida, mesmo em nossa Comunidade Evangélica em
Lajeado – depoimento do Prof. Herbert Lohmann, por e-mail de 10-8-2011.
Para registrar que
o nosso interior ainda se reúne para festejar, de alguma forma, suas alegrias
tradicionais, transcrevo o mais recente evento, de 28-9-2013: a Comunidade
Evangélica de Arroio Abelha II, em Forquetinha, festejou seu Kerb.
Kerb na Alemanha de hoje
e sua origem.
O texto acima do Lohmann foi enviado a um amigo meu, Ernesto Schlieper, pastor aposentado, agora residente na Alemanha, e que nos respondeu por e-mail de 15-8-2011.
A descrição de seu
amigo Prof. Lohmann é exata e confere plenamente. Não só os evangélicos
(luterano-reformados) celebravam o Kerb, como também os católicos. Aliás, o
Kerb, também chamado de Kirchweihfest - festa da consagração da igreja - data
da Idade Média!!! Para ambas as confissões era a celebração da consagração das
igrejas, capelas, etc.
Na Baviera,
atualmente, celebra-se no terceiro domingo de outubro o Dia da Igreja, em
alemão Kirchtag. Este foi introduzido com intuito de aglomerar numa data as
diversas festas de Kerb, se bem que se mantêm os Kerb no dia do padroeiro da
igreja/capela ou na data de consagração do templo.
Também se
encontra outra versão da origem do termo, na palavra "Kerbe"
e seu verbo "kerben". Significa entalhe e entalhar. Ainda no
século 18, em várias regiões na Alemanha, como na Renânia e no Palatinado,
quando era inaugurada uma igreja ou capela, no portão de madeira da entrada
principal, erguida em forma de arco, fazia-se um entalhe ou um corte, repetido
a cada ano, no seu aniversário, festejado pela comunidade e sua vizinhança.
Assim, sabiam-se quantos anos tinha a igreja, desde a sua inauguração. O hábito
de festejar o aniversário de inauguração e ou seu santo padroeiro também foi
trazido pelos imigrantes para o Brasil e cultivado nas linhas coloniais,
identificado por Kerb.
Cada igreja e
capela tinham o seu dia próprio de Kerb. Hoje, muitas localidades
nem lembram mais a data.
Como eram
festejados os Kerb?
Esta festa chegava
durar uma semana. Depois, duraram de dois ou três dias. A mãe, os filhos, os
netos e os parentes próximos chegavam à sexta – feira, no sábado ou no domingo
para juntos participarem do encontro cerimonial, místico e espiritual. Tudo
iniciava com um culto, uma missa, com a participação do coral ou grupo
instrumental. Após o ato religioso, acompanhada de uma bandinha, a comunidade
fazia o trajeto solene da Igreja até o clube, onde era a festa. À noite, era o
baile de Kerb acompanhado pelos quitutes da cozinha regional.
De fato, mais que
duas semanas antes, começava-se a sentir o espírito do Kerb. Havia
um ar de satisfação e otimismo. Era a festa mais esperada do ano. Em sua
preparação fazia-se uma faxina geral na casa, cortinas lavadas, assoalho
escovado, jardim limpo, bem como o pátio, galpão, estrebaria e seus arredores,
tudo cuidadosamente ajeitado. No meio da semana começavam os quitutes:
sobremesa, cucas, bolachas, tortas, Sauerkraut, conservas de
pepino, etc. Como não havia luz elétrica na maioria das casas, o refrigerador
era totalmente inexistente. A bebida era colocada em um balde e dependurada no
poço, cuja água era sempre fresca. A geladeira veio depois.
Os encontros
familiares em dias de Kerb eram uma alegria esperada por todos. As crianças e
primos se reencontravam. Aprendiam conhecer tios, padrinhos e parentes.
Mostravam seus brinquedos. Os guris improvisavam uma bola de pano para jogar
uma pelada ou se divertiam com “carreta de morro” nos declives de potreiros. À
noite, a gurizada preferia dormir na grande sala. Era uma farra inesquecível.
Os jovens
aguardavam, com ansiedade, o "Baile de Kerb", o ponto alto, para os
quais preparavam os melhores trajes e vestidos. As costureiras começavam a ter
mais trabalho. Para as moças, significava um vestido novo, quando não dois ou
três, um para cada noite.
Os rapazes mandavam
costurar calças novas. Sapato novo já era coisa mais rara. Usava-se o tamanco
pela estrada, levando o sapato numa sacola até perto do local do evento, onde
era calçado. Os que vinham a cavalo mostravam suas qualidades de cavaleiros, em
arreios de couro e adornos prateados, ainda mais quando o belo sexo estivesse
nas proximidades.
As mulheres
mostravam as novidades da casa, habilidades manuais, álbuns de fotos, troca de
experiências na educação dos filhos, escola, saúde e tudo quanto se relacionava
a assuntos domésticos.
Os homens reviam os
melhoramentos havidos na propriedade, trocavam experiências em assuntos de
agricultura, criação de gado, novidades em compra e venda de produtos
agrícolas. Às vezes, nasciam bons negócios.
Nos antigos Kerb,
havia três noites de baile, ou no mesmo salão, ou em salões próximos e
diferentes. Numa das noites, era o baile dos casais; uma segunda noite, o baile
dos jovens; na terceira noite, o baile de toda a família. Junto ao salão
bailante, havia uma sala onde as mães podiam deixar os bebês, que lá dormiam,
sempre sob os cuidados de alguma conhecida. As “babás” se revezavam. Estes
bailes de Kerb proporcionavam os jovens conhecer outros
jovens, de lugares mais distantes, início de muitos namoros e casamentos.
Como em cada linha
colonial e povoado as festas de Kerb eram em datas diferentes,
as famílias e amigos retribuíam as visitas e acampavam nas casas. Por isso, as
moradias eram grandes, com quartos para hóspedes. Por muitas décadas, a
hospitalidade era uma das virtudes e características de boa família.
Em Novo Paraíso,
Estrela, os bailes de Kerb se faziam no Salão de Pedro Petter, como nos dias
21, 22 e 23-10-1928 - cf O Paladino, de 20-10-1928. Em Canabarro,
Teutônia, as três alegres noitadas de “Kerb” eram no último fim de semana de
janeiro, nos dias 26, 27 e 28 - cf O Paladino, 18-1-1941, com
bailes no Salão de Guilherme Schneider Sobrinho. Na semana anterior, era
festejado em Bom Retiro.
Em cada comunidade,
a preparação do Kerb era feita em mutirão, para deixar a capela, a escola, o
salão, o cemitério, seus respectivos pátios e caminhos, tudo limpo e asseado.
As folhagens, galhos de coqueiro ou palmito, com bandeirolas coloridas, davam
ares de festa. A missa ou o culto se revestia de caráter solene, com música e
canto coral, tudo bem ensaiado, com muita antecedência. Depois da cerimônia
religiosa, ao som da banda e rojões, iniciava-se a festa profana, muitas vezes
com quermesse. Este verbete quermesse, pelo Aurelião. tem origem do flamengo
(França e Bélgica) Kerkmesse, de raiz germânica: Kirche + Messe,
ou seja, igreja + missa.
Os salões estavam
enfeitados. No centro da pista, ao alto, estava o "Kerwekranz",
a "Coroa do Kerb", de onde pendiam garrafas de cerveja e gravatas.
Quem conseguisse arrancar uma gravata ou cerveja, tinha o direito de chamar a bandinha
ao seu redor e pedir a execução de uma peça musical. Em compensação, cabia-lhe
pagar uma rodada de cerveja ao seu grupo. Antigamente, nos sábados, não havia
baile, pois o padre ou o pastor não queria as pessoas sonolentas na igreja, na
manhã seguinte. As três noites de baile estavam destinadas, especificamente,
para os jovens, os casais e uma noite para todos. Afinal, a maioria aproveitava
as três noites. O baile iniciava logo, ao escurecer, e terminava lá pelas duas
ou três horas da madrugada. Anos depois, iniciava mais tarde e terminava ao
amanhecer.
Ao meio dia, o
"Kerweessen" (Almoço de Kerb) era o que havia de melhor na
casa. Os mais abusados já usavam a expressão Fresskerb para
indicar abundância ou comilança. Mais tarde, o churrasco e a maionese de batata
foram ganhando preferência. Serviam-se o Streusselkuchen (cuca),
com Wurst (linguiça), Schweinebraten (assado
de porco), galinha ao forno, Mehldoss (doce de farinha de
trigo), Stergdoss (doce de polvilho), Schucrute, batata
cozida em água, bolinhos de carne moída formavam o cardápio.
Tudo era regado à
cerveja caseira ou Spritzbier, vinho de pipa e Sangerie,
uma espécie de refrigerante caseiro, de vinho com água, para as crianças e
mulheres. Os mais abastados tomavam cerveja e gasosa industrializadas.
À meia tarde, era
servido à mesa o tradicional café colonial. Ofereciam-se em abundância as
cucas, pão de trigo com linguiça, nata, manteiga e "Schmier",
termo próprio da região, para significar o doce de frutas, feito com melado de
cana. Muitas vezes, tinha também tortas e bolos.
Kerb em Estrela
O Kerb estrelense
era vivamente festejado, sempre no fim de semana mais próximo do dia 13 de
junho, dia de Santo Antônio, padroeiro de Estrela. Luiz Bennemann, por exemplo,
convidava o público em geral para os bailes e festas no seu Salão Oriental, nos
dias 14, 15 e 16 de junho de 1925, com boa mesa e bebidas de todas as
qualidades.
A imprensa
naturalmente não registraria costumes, tradições e "promoções"
particulares, em dias de Kerb, na intimidade dos lares. Noticiavam,
algumas vezes, a euforia da população, como O Paladino, de
24-6-1939, registrou com a manchete Os "Kerb" de
Estrela. Iniciou no dia 10: Sábado à tarde, notava-se que todos
estavam contaminados pelo entusiasmo para as noitadas, ansiosamente esperadas.
O domingo veio cheio de sol e de alegria. Cedo, já se ouvia a algazarra da
comissão improvisada de propaganda que, em um caminhão, percorria as ruas da
nossa "pacata Estrela", dizendo a "todo mundo", que era
chegado o dia do início da festa do nosso Padroeiro. Mais
adiante: Antes da missa solene, na igreja matriz, o excelente conjunto
musical do Sr. Walter Zimmermann, reuniu-se na Praça Benjamin Constant, dando
uma retreta. A "amostra" agradou sobremodo a todos que assistiram à
tocata. Após a missa, a referida orquestra, há dias "batizada" de
"Jazz Bando Estrela", foi cumprimentar, na casa paroquial, o padre
Reinaldo Juchem, vigário, o qual ofereceu doces e finos líquidos aos
componentes do "Bando", bem como aos porta-bandeiras das Sociedades
Santa Cecília, local e de Picada Delfina, e às suas guardas de honra.
Na vila de Cruzeiro
do Sul, o Kerb era comemorado na segunda semana depois da Páscoa. Quem lembra o
Kerb de São Miguel, de Linha Sítio é Vicente Kronbauer, no e-mail de 17-8-2011.
Era festejado no primeiro fim de semana depois de 29 de setembro, dia de São
Miguel. Iniciava com a missa solene. A festa comunitária era no salão grande,
de madeira, com pista de dança no centro, ladeada com estrado mais alto e
protegida por corrimão, onde ficavam as mesas, a copa, o quarto das gurias
(para retocar pinturas e repentear). Num canto do salão, logo à esquerda da
entrada, estava o palco dos músicos. No salão não faltavam as Gildas para serem
arrancadas e cada Gilda arrancada precisava pagar uma determinada quantia de
cervejas.
Em várias
localidades, também havia a tradição de se comemorar o Nach-Kerb,
que consistia numa noite de baile, após as festas de Kerb. Em
Estrela, por exemplo, um mês depois dos Kerb de 14, 15 e 16-6-1930, em 12 de
julho, realizou-se o Nach-Kerb na SOGES, promovido por um
grupo de rapazes de nossa melhor sociedade - cf O Paladino,
de 19-7-1930, animado pelo Batuque-Jazz, a orquestra de Dalton Lima, de
Lajeado.
Nair Dupont, autora
do livro PAVERAMA Ontem e Hoje, confirma a semelhança das
festas de Kerb no Vale. No baile das “damas”, a moça tinha o
direito de escolher o rapaz para dançar. Lembra que as bandas que animavam
os Kerb e os bailes de Paverama eram o “Jazz Flor do Sul” e o
“Jazz Flor de Maio” do local.
O Kerb de Paverama
ocorre sempre no primeiro domingo do mês de fevereiro. Na terça-feira, o Grupo
da Melhor da Idade promove o “Baile da Saudade”, convidando diversos grupos da
região e do estado.
Algumas comunidades
interioranas ainda comemoram Nach Kerb o que se
poderia traduzir como pós-Kerb, no máximo um mês depois, com apenas
um baile.
José Alfredo Schierholt
Acadêmico da ALIVAT | titular da Cadeira
nº 5
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